O Site Oficial da Copa do Mundo de 2014

segunda-feira, agosto 30, 2004

A beleza do esporte híbrido


Maratona cominada com Judô
Brasileiro aplica ippon em irlandês e
segue para o bronze, observado por
Hebe Camargo e Ernst Hemmingway

domingo, agosto 29, 2004

Agora é guerra!

Queimem seus discos do U2! Não existem saídas diplomáticas para a situação. Suderj informa: sai o Itamaraty, entra as Forças Armadas. Estou indo direto ao Shenanigan's, aquele pub irlandês, para quebrar tudo. Troquemos São Patrício por Baco!

Pior foi a desculpa do FDP irlandês: "Eu ter conseguido parar o primeiro colocado é a prova de que Jesus está voltando a Terra!" Beleza, a guerra ganhou conotações religiosas. Os CD's da Enya serão considerados como armas de destruição de massa encefálica! Se toda guerra tem interesse comercial envolvido, o nosso será pela cerveja, com apoio da AMBEV!

Não sobrará um Leprechaun vivo neste planeta!


sábado, agosto 28, 2004

O Sonho Olímpico

Não serão poucos os que acordarão na vila olímpica com a dúvida entre sonho e realidade a perturbar. "Mas será que é?"

Não foi um dia onírico apenas para a Argentina; no atletismo, por exemplo, o estádio assistiu a vários sonhos e pesadelos se fazendo carne.

Estava escrito há seis mil anos que Guerrouj derrotaria Bekele nos 5 mil metros, mas ninguém sabia. E a dobradinha de Kelly Holmes nos 800 e 1500m, a arrancada de Borzakovskiy nos 800m e derrota eterna do recordista Kipketer... os britânicos, pós-Linford Christie, conseguindo o ouro no 4x100m, devido à má passagem do bastão norte-americano (pior só a brasileira). De realidade, dura, cruel e suja, só os revezamentos 4x400m. E, claro, a proximidade do fim.

Para infelicidade geral da nação, ou pelo menos minha, o fim se aproxima, e agora serão quatro anos de tédio, tendo de acompanhar mesas sobre a segundona, o campeonato de andebóu do interior paulista, o basquete perdendo para toda a ralé latino-americana, dirigentes delirando a respeito de deus Pan e sua flauta encarnada. De qualidade mesmo, só uns campeonatos do alemão, que apesar de octongenário, cego, surdo e sofrendo de Alzheimer ainda dirige melhor que a colônia ítalo-brasileira.

Quadro de Medalhas
34.38.28 (100): EUA
31.17.14 (62): CHINA
25.26.37 (88): RÚSSIA
17.16.16 (49): AUSTRÁLIA
15.10.12 (37): JAPÃO
(...)
03.03.02 (08): BRASIL (22o.)

Abra-te, Itaipu!

Deu Los Hermanos no futebol olímpico como já era esperado. Já imagino a manchete do Olé:

"Iatismo? Argentina Ouro no futebol!"

E ainda temos que aturar o fato deles terem eliminado os americanos no Basquete...

sexta-feira, agosto 27, 2004

Marion Jones não é feia nem bonita, é de uma espécie diferente.

Ontem não foi seu dia. Nunca é exatamente o dia de Marion Jones. Em Sydney, esperava cinco ouros, mas levou apenas três (dois individuais) e dois bronzes. Ontem, em suas duas provas, conseguiu apenas o quinto no salto em distância, e foi incapaz de passar o bastão corretamente no 4x100m rasos -- a menina a quem o passaria correu antes do devido (ou correra ela menos que o esperado?)

O brasileiro, portanto, acrescentou mais uma certeza ao seu panteão de verdades: Marion Jones, americana má e dopada. Não dão um desconto para sua gravidez recente, o nervosismo feminino, ou seu envelhecimento gradual. Pior: não atentam para o fato óbvio de que, há seis anos, é a atleta mais visada pelo antidoping, que nunca registrou nada.

Não, cantam as crianças na rua, Marion Jones dopada / Injetou THG por toda entrada. O mendigo fedorento que vasculha o meu lixo afirma sem hesitar: "Marion Jones? A que casou com os dopados? Sou pobre mas sou limpinho."

Assim é o Brasil. Se fosse mais inteligente, assediaria a grande atleta neste momento de dificuldades, oferecendo a nacionalidade brasileira, a possibilidade de ser estrela maior numa terra de samba e coqueiros. E tudo isso quase sem nenhum custo*. Pelo contrário, traria investimentos, strairia patrocínio.

(*) gastamos 4.6 milhões com atletismo nos últimos três anos, e nenhuma melhora, embora existam esta e aquela esperanças.

Marion Jones é o que queremos, Marion Jones é o que podemos, Marion Jones virá. Tragam Marion Jones, e manará pão da terra. Tragam também seu marido, e naturalizem o filho, God's sake. Naturalização, in hoc signo vinces. Ou pelo menos se consegue um pódium.

Mas sério: naturaliza pelo menos as comunistas, vai.

Quadro de Medalhas
29.34.27 (90) EUA
27.17.13 (57) CHINA
17.23.28 (68) RÚSSIA
17.11.16 (44) AUSTRÁLIA
15.10.10 (35) JAPÃO
(...)
03.03.02 (07) BRASIL (20o.)

Por quê amamos o Iatjismo

"Os meus filmes preferidos são Arrebentando em Nova York e A Hora do Rush", revelou Diogo Silva, representante do Brasil no taekwondo, e dublê de pantera cabeça de negro*.

(*) reclamando apesar de a modalidade ter recebido hum milhão de reais do COB nos últimos três anos, mesmo sem ter tradição nem cobrança de resultados imediatos... nem para mudar um pouco os argumentos das derrotas esses atletas servem.

Força, Hermanos!

Após 52 anos de sofrimentos, os argentinos finalmente voltarão a ver a cor do ouro amanhã, nas finais de futebol e basquete.

Foram, indiscutivelmente, o melhor futebol da Olimpíada, e hão de nos vingar dos paraguaios, espécie de Itália sul-americana, que crê piamente no futebol de resultados, e nunca jogará bem, nem quando tiver jogadores decentes.

Também aposto nos hermanos argentinos contra a Itália no basquete, apesar de ser mais difícil. A Itália tem sido mais consistente, e venceu os argentinos na primeira fase (76x75), porém os hermanos degolaram os norte-americanos, e Ginobilli é fora de questão o melhor jogador da competição.

O amanhã ficará marcado pela volta de nossos hermanos ao lugar mais alto do esporte. E o domingo, por mais uma derrota dos italianos em sua eterna perseguição ao título de vôlei... se bem que...

Tanto fugiu....

O basquete feminino brasileiro deu adeus à medalha de ouro.
Na primeira fase, perdeu pra Rússia e para a Austrália, dizendo alguns que foi armação para não enfrentar as americanas nas quartas-de-final. Tanto fugiram das americanas que não as enfrentarão. Hoje, as meninas do Brasil (muito feias por sinal) perderam para as australianas (75 x 88) e disputarão a medalha de bronze, não enfrentando assim as americanas na grande final pela medalha de ouro.
Isso é que dá. Tanto quis fugir....

Os norte-americanos-não-canadenses perderam para a Argentina e não irão à final do balloncesto. Confesso que não torço por uma medalha de ouro dos portenhos, mas torço mais para a derrota dos yankees. Despeito terceiro-mundista? Pode ser... E se for, qual o problema, rapá?
- Vai torcer pra quem, cardeal?
- Vou torcer pra cair uma bomba durante o jogo...

Sagaz, muito sagaz...

E mais uma medalha para o Brasil.
Rodrigo Peçonha zerou o circuito na segunda apresentação e estava em primeiro, até um irlandês zerar também.
Estava dando tudo certo dando tudo errado para os adversários. Espetáculo. Cavalo brigando com cavaleiro, cabresto arrebentando, refugos e mais refugos. Tudo caminhava para mais uma dourada para o Brasil (il, il). Até que aquele duende entrou na pista, zerou o circuito e estragou a festa. Rodrigo - que montava Baloubet du Rouet - ainda foi para o desempate, cometendo uma falta. O adversário americano - que montava Romário - estava zerando o circuito até seu cavalo se contundir. Prata para o Brasil.
Destaque desta competição hípica foi o comentarista do Sportv. Tinha voz de velho viciado em Turfe. Não sei...O sujeito acertou todas. Ou tinha uma boca de pimenteira ou sabia do riscado.
- Ou o cavaleiro levanta a dianteira do cavalo ou derruba a verti...
Antes de terminar, acontecia o que estava dizendo.
- Esse cavalo não sei não. O conjunto alemão émuito bom...Mas o andar deste cavalo tá comprometedor.
E o cavalo fez tudo errado.
- Desse jeito...Com esse ritmo, ela vai ficar sentada no obstáculo...
- Passou...
- Mas vamos ver o triplo...

E o bicho entrava mal no obstáculo e derrubava.
Velhinho batuta esse...

A Lenda da Piroga de Cristal

Birgit Fischer, descendo o rio, correndo pro mar...
E vários recordes para a garotada:

Número de Medalhas (ouro entre parêntesis):
18 (9): Larissa Latynina (URSS - Ginástica Olímpica)
15 (7): Nikolaï Andrianov (URSS - Ginástica Olímpica)
13 (6): Edoardo Mangiarotti (ITA - Esgrima)
12 (9): Paavo Nurmi (FIN - Atletismo)
12 (8): Sawao Kato (JAP - Ginástica)
12 (4): Alexeï Nemov (RUS - Ginástica)
11 (9): Mark Spitz (USA - Natação)
11 (8): Matt Biondi (EUA - Natação)
11 (8): Jennifer Thompson (USA - Natação)
11 (8): Birgit Fischer (ALE - Canoagem)
11 (5): Carl Osburn (EUA - Tiro)
10 (9): Carl Lewis (USA - Atletismo)

Medalhas Individuais:
14: Larissa Latynina (URSS)

Medalhas de Ouro Individuais:
8: Ray Ewry (EUA - saltos em altura, distância e triplo; sem impulso)

Mais Vitórias Consecutivas em mesma prova:
4: Al Oerter (EUA - lançamento de disco), 1956-1968
Carl Lewis (EUA - salto em distância), 1984-1996
Paul Elvstroem (DIN - Iatismo (Finn)?), 1948-1960

Medalhas de Ouro em Olimpíadas Consecutivas:
6: Birgit Fischer (1980-2004, excepto 84 -- boicote)
5: Pál Kovács, Aladár Gerevich, Reiner Klimke e Steve Redgrave

quinta-feira, agosto 26, 2004

Garçon, Desce o Revólver

No triatlo masculino, dois neozelandeses dominaram a prova. No salto em distância, Dwight Philips ganhou com um pé nas costas, que manteve, como o triplo, o mesmo padrão das olimpíadas anteriores -- 8.30m para pensar em medalha; 8.40m medalha certa; mais de 8.50m para pensar no ouro. E, como esperado, Félix Sánchez venceu os 400m com barreiras, sendo o único a baixar os 48s. O americano (James Carter) até tentou, acompanhando-o por toda prova, mas apenas para cansar e ficar em quarto. E por falar nisso...

O revólver olímpico vai para a cabeça de Frank Fredericks, que fechou com chave de ouro sua carreira olímpica, cheia de bronzes e pratas: um quarto lugar nos 200m rasos. Nunca torci tanto na minha vida. Fiquei emocionado depois da derrota, e quis soltar rojões, mas estava tão bêbado, que mal consegui me levantar. Nunca, nem em meus sonhos mais macabros, sonhei com carreira tão humilhante; nem Rubinho chega perto; nem tricampeonato de marcha atlética* é tão vexatório.

(*) aquela modalidade que parece corrida apertado ao banheiro, com todos tentando fuirar a fila, e uma gentalha de chapéu para julgar

Também torço muito contra o Brasil, muito mais que o normal, sempre que vejo algo pela rede Bandeirantes. É contra eles, que gostam de ser denominados Band pelas baixas castas, que disparo minha metralhadora olímpica. Insistem como castores japoneses em tomar nossas salas com uma das músicas mais horríveis que já escutei (yadayadayda... no pódium da históriaaaa, vai brasil, um por todos...) toda vez que o Brasil consegue a menor das vitórias. Apenas de não ver o medalhito surgir na tela, o brasileiro já tem um orgasmo, e a derrota humilhante da seleção ex-shoxortinho, e também das fealdades de campo muito me alegraram*.

(*) jogo tão ruim, que Galvão confessou durante a transmissão que via o de vôlei, e a própria árbitra se recusou a apitar a prorrogação

E isso é isso; tiros bem disparados, agora é torcer por um atentado no Argentina vs. Dream Team. Duas porcarias de equipe, que torrarão o saco se ganharem o torneio. Nunca em toda história humana um atentado terrorista será tão comemorado*. Com uma possível exceção...

(*) se bem que o ideal mesmo seria sequestrar todo atleta brasileiro que creia que o mero ato de ir a uma olimpíada, sem sequer disputar medalha, constitua experiência.

Quadro de Medalhas
28.31.24 (83) EUA
25.17.12 (54) CHINA
16.11.15 (42) AUSTRÁLIA
15.19.23 (57) RÚSSIA
15.09.10 (34) JAPÃO
(...)
03.02.02 (07) BRASIL (16o.)

Bobeou com a gente, Bimba!

O elejador brasileiro na classe Mistral conseguiu o mais difícil: perder uma medalha.
Foi líder na maioria da competição, precisava de resultados simples (o que vinha fazendo durante todas as regatas) para levar a medalha de ouro. Caso não quisesse o ouro, poderia ter um resultado bem pior e levar a prata. Ou então uma desastrosa colocação e levar o bronze.
Bimba conseguiu ser pior do que o possível. Pior do que o imaginável. Nem mesmo o mais pessismista e anti-patriota diria que ele perderia a medalha. Todos os velejadores, jornalistas, esportitas, mergulhadores, seres mitológicos, algas e seres abissais ficaram desapontados e boquiabertos.
Ele jogou bilboquê com uma bola de boliche e acertou. Fez o impossível.

Na classe Star, Torben Graal (o velejador sagrado) ganhou o ouro juntamente com aquele loiro que só serve como peso de papel e contra-peso no barco.
Ao chegar à marina*, cantavam: 'Eu sou brasileiro, com muito orgulho,com muito amor...'
Confesso que não gosto deste cântico. Dá a impressão de que ser brasileiro é um erro. 'Sou brasileiro sim, e daí?' Parece uma resposta aos civilizados que apontam: 'Você é brasileiro? Que merda, hein...'
No caso de esportistas que cantam tais cançõezinhas, dá-se a impressão de que o fazem justamente por serem brasileiros. Querem destacar que são brasileiros, pois o Brasil não tem medalhas e aqui serão celebridades. Caso fossem americanos ou chineses, seria mais uma medalha no meio de tantas. Mais um na multidão.
Mas exaltar a sua condição de brasileiro é quase que dizer: 'Sou absoluto! Ganhei medalha e virei celebridade...Só espero não dar entrevista pra Glória Maria...'
Serão lembrados ad eternum por uma nação sem esperanças e carente de ídolos.
________________________________
(*) em frente ao coqueirto verde, esperei uma enormidade, já fumei um cigarro e meio e marina não veio....

quarta-feira, agosto 25, 2004

Saudades de Fernanda Keller

Saudades de Fernanda Keller

Péssima prova de triatlo feminino, quase que totalmente amadora.Velhas ponteando, reviravoltas absurdas, contusões ridículas. Apenas uma das três brasileiras terminou, e a vencedora surgiu apenas no último instante, uma austríaca do Iron Women. Aí é dose.

Claro, os narradores consideraram o evento inequecível, apenas porque foi emocionante; mas foi ruim mesmo. É o mesmo tipo de gente que considera o brasileirão cheio de emoções, e partidas que terminam 5x4 excepcionais.

E houve Tragédia: a australiana, que não conseguira o ouro em casa, após quatro anos de sofrimentos, depois da perda do irmão, superava tudo isso e atingia finalmente o seu sonho, até ser ultrapassada nos 100m finais, no tapete de chegada. Que trágico, vou chorar. Um minuto mais tarde, falava pelo celular; como não era trágico, preferiram não mencionar -- resolveram enfatizar as câimbras da austríaca, que...

O ridículo a que chega um ser humano a fim vender um produto. Tão barato.

Sobre Bimba não falamos; mas amanhã Torben Grael & Marcelo Ferreira precisam somente de um sétimo e um oitavo (ou qualquer soma quinze nas duas regatas) para vencerem a classe Star antecipadamente.

terça-feira, agosto 24, 2004

Barba, Cabelo, Bigode, Samba, Suor e Cerveja

Três mil metros. Com obstáculos! É muita maldade para uma prova só. Pior do que isso, apenas soltando cães e pondo aros flamejantes na pista. Quem, em sã consciência, pensa "quando crescer, quero correr três mil metros com obstáculos"? É coisa de masoquista, ou falta de oxigenação cerebral, má nutrição na infância. Subnutrição, sim, deve ser por isso que o pessoal do Quênia fez barba, cabelo e bigode, ficando com as três medalhas -- assim como os americanos nos 400m masculinos. Ou vai ver é culpa daquele velho ditado africano*.

(*) Toda manhã, na África, quando uma gazela acorda, ela sabe que, para viver mais um dia, precisa correr mais rápido que o mais rápido dos leões. E toda manhã, também na África, quando um leão acorda, ele sabe que, para se alimentar, precisa ser mais veloz do que, pelo menos, a mais lenta das gazelas. Portanto, não interessa se você é um leão ou uma gazela: quando o sol nascer, é melhor que você começar a correr.

Mas este foi apenas um dos grandes momentos de ontem no atletismo. Desde Atlanta um recorde não era quebrado, algo que ocorreu no salto com vara feminino, em que as três recentes recordistas se encontraram, com a russinha Isinbayeva (que era terceira nos 4.70m) conseguindo 4.91m e a medalha de ouro -- a meu ver menos bela em seu novo desenho, mas ainda assim a mais importante.

Não bastasse isso, houve o fim do decatlo, em que Karpov, surpreendentemente, liderava com folga, até o fatídico arremesso de dardo. Agora direi um clichê: sucumbindo à pressão, não conseguiu fazer um só bom lançamento. Quinze metros menos que seus dois concorrentes, selou o terceiro lugar, dando oportunidade ao recordista mundial, Sebrle -- um tcheco (brindemos!) --, de conquistar sua primeira grande vitória internacional.

E, pra fechar, Hicham el Guerrouj, o marroquino, finalmente conseguiu sua medalha áurea, tornando-se uma lenda viva, em vez de lenda urbana. Após um ridículo tropeção em 1996, e ser ultrapassado na reta final em 2000, desta vez ele se manteve, e ganhou os 1500m. Por um nariz, mas ganhou. E aí ele foi pra galera.

No ciclismo, o holandês pedalador, Theo Bos, também foi pra galera, após ganhar a primeira da melhor de três na final dos velocistas. A merenda não deve ter caído bem, que perdeu as demais, e virou banquete dos vermes e de Ryan Bayley, australiano que riu melhor, com gestos largos e batendo nas coxas.

Quadro de Medalhas
25.28.19 (72) EUA
24.15.12 (51) CHINA
15.08.09 (32) JAPÃO
14.09.14 (37) AUSTRÁLIA
09.18.21 (48) RÚSSIA
(...)
01.01.02 (04) BRASIL (33o.)

Amigo do primo da minha cunhada

Fico assustado como boatos se espalham pela internet. Outro dia no QG do Fantasma, fui obrigado a escutar sobre conspirações e outras informações confidenciais e estarrecedoras que rolavam pela internet. Estava lá, todos podiam ver, e alguns se fazem de cegos para não visualizarem verdade tão escancarada...

Fiz esta pequena introdução para contar-lhes uma história verdadeira e verídica, que realmente aconteceu no transcorrer do dia. Um colega do primo da minha cunhada, o Pantaleão, me contava que, vendo os jogos olímpicos pela sua TV a cabo internacional, ocorreu um fato no mínimo deselegante. Transcrevo suas palavras:

"Sucedeu-se durante os jogo de vôlei feminino das mulheres. A peleja tava difírcil. O urubu queria comer, mas o boi não queria morrer... Quando o Brasilzão tava mangando das americanudense no quinto set, dando lição, meu fío Pedro Bó, intendido nus ingrês, escuta nas TV:
- Do we lose for this? These women, this country of little monkeys!
Fiquei bestificado quando meu fío botô as frase no brasileiro. Um horrô, insurto a nossa nação..."

Para baixar o arquivo, ver e escutar você mesmo, click neste link : I worm - Sasser. Aconselho a desativar todos os antivírus do seu computador, estes softwares americanos feitos para nos controlar.

Ah, já vejo e-mails lotando caixas postais de todo o Brasil. Lula falando em rede nacional, esbravejando contra tamanho insulto. E Pai Hosken, no canto da sala com seu cigarro, sorri marotamente....


"- É mentira Terta?
- É verdaaaade..."

Refugado com batatas

Todo transcorria bem no mundo eqüestre. BRasil fazia uma boa apresentação e Balubet du Rouet zerou o circuito. A Maldição de Sidney não se repetiu. Mas ficou por conta de outro cavalo que refugou duas vezes e eliminou seu respectivo cavaleiro, colocando o Brasil em maus lençóis.
Enquanto a Alemanha desfilava confiança e competência desde o primeiro dia de competição hípica, o Brasil acumulou histórias trites como a perda da ferradura do Doda (ou melhor dizendo, de seu cavalo) e o refugo do cavalinho pretinho do Bozo cujo nome não me recordo (é por isso que eu sempre apostava no malhadinho). A empáfia teuto-eqüina brilhou novamente e seus cavaleiros arrebataram o ouro com somente duas falhas. Dê umaolhada no placar e tire suas conclusões.

Hipismo - Equipes (final):
1. Alemanha - 8 pontos perdidos
2. EUA - 20
3. Suécia - 20
4. Holanda - 24
5. Suíça - 26
6. Bélgica - 28
7. Irlanda - 36
8. Itália - 44
9. Coréia do Sul - 51
10. Brasil - 53

Mas num país cujo treinador da seleção nacional é uma besta, o presidente um burro e os torcedores uma penca de mulas, não joguemos a culpa nos pobres cavalos.

EMBROMAÇÃO OLÍMPICA

Os esportes coletivos são das coisas mais irritantes nas Olimpíadas. Por que será? Uma palavra apenas: enrolação. A pretexto de justiça*, tornam a primeira fase longa e inútil -- chaves com cinco times onde quatro se classificam. E as tevês brasileiras, idiotas, gastam com isso tempo valioso de transmissão. Finalmente os jogos coletivos começam a valer alguma coisa**, mas quero que todos se danem, e torço sempre para que o Brasil não se classifique em nenhum. Não me macem; transmitem algo que não veja todo dia, e algo que se decida rapidamente.

(*) por que a final é disputada em apenas uma partida então? e por que não há repescagem? enfia a justiça lá. isso, no meio da cidadania. minhas fezes para a sua justiça.
(**) o futebol começou antes, mas ele é cheio de frescura, parece até corredor com óculos e brincos extravagantes

segunda-feira, agosto 23, 2004

O TRISTE E FEIO FIM DE MARIA BEIÇOLA, A MULHER-GORILA

Que fotografias registrem o momento é coisa que a física desmente com facilidade, e, por razões práticas, mesmo os mais céticos terão de se render às imagens todas borradas de gentes em movimento. Mas nem por isso as fotos deixam de ter algum valor, como demonstra o ladrilheiro no post abaixo. Mas demonstra mal, porque é burro e não consegue publicar 3 em 4 imagens. Pensar em ajustar o tamanho, creio que seja pedir demais. Mas do que eu ia falar mal? Ah, sim...

Brasileirim falando da brasileirinha totalmente irregular e cheia de desculpas. Estranho é se ganhasse. Levanto a mão pro céu e agradeço, que já não aguentava mais a música que idiotas dedilham infinitamente, e infinitamente mal, em violões que se não choram, fazem a gente chorar de raiva e horror.

E nem quero imaginar as matérias terríveis* que antecederão a final do futebol feminimalista: um monte de gente feia contando hitória triste e falando de apoio. Vão perder, e digo mais: merecidamente. Não sei se as americanas são melhores, mas tal de formiguinha, pretinha, todas ruins feito transmissão de handball; time de peladeiro barrigudo ganha. E sem apoio o escambau: jogam muito mal, sem noção, e há quem pague treinamento para a seleção por meses e meses. Contem outra, vão catar coquinho. São é ruins e burras mesmo, como a partida demonstrará a qualquer um que se dê ao trabalho, árduo, de assistir.

(*) pior do que isso, apenas os textos de sempre dos chatos burros (vide as quatro salas) sobre engordarem vendo tanto esporte na tevê. um óbvio dã pra vocês. assistam a documentários fuleiros ou leiam um livro para aprenderem a escrever, retardados.

Mas falemos de alguém com alguma qualidade, e que realmente deveria ganhar a medalha de ouro, mas não levou nada, pois foi ultrapassada ao final: Maria Mutola. Domina os 800m há anos, e era completa favorita, mas cometeu um erro infantil: subestimou as adversárias, e superestimou o potencial de uma velhota de 38 anos. Impôs seu ritmo, mas seu ritmo errado, passou mais forte do que deveria, e, em vez de disparar, como de costume, na reta de chegada, sentiu o peso do beiço e da feiúra. A bela Ceplak ficou com o bronze, uma outra fealdade, britânica, levou a medalha amarela.

O destaque outro do atletismo foi o Karpov. Não o velhinho do xadrez, que ficava chutando o grande Kasparov por baixo da mesa durante os matchs -- e reciprocamente. Esse aí não ganhava nem do pessoal da cadeira de rodas; tão fraco que nem o controle do Atari quebraria brincando de Decathlon. Karpov que menciono é decatleta mesmo, sujeito do Kasaquistão (Kasa = casa, quistão = terra de; doravante terrinha), que lidera ao fim de um primeiro dia bastante regular*. Está 100 pontos à frente de um tcheco (Sebrle**), e 150 de um americano (Clay), que também devem medalhar.

(*) entre os cinco primeiros em todas as provas, sendo o primeiro na última prova. 10.50s nos 100m; 7.81m no salto em distância; 15.93m no arremesso de peso; 2.09m no salto em altura (nesse eu sempe me dava mal, na fita e na vida real -- um sujeito comprido e de perna grande sempre me deixava em segundo no colégio); 46.81s nos 400m
(**) recordista mundial, mas nunca venceu um grande evento -- conta em reagir a partir do salto com vara

E, hum, corta pra vela e depois pro quadro de orgulho e amor pelos sino-americanos.

Mistral (após 10 de 11 regatas)
pts. (prova descartada): Atleta (país)
37 (17): SANTOS, Ricardo (Brazil)
40 (08): FRIDMAN, Gal (Israel)
42 (14): KAKLAMANAKIS, Nikolaos (Greece)
52 (15): DEMPSEY, Nick (Great Britain)

Star (após 5 de 11 regatas)
pts. (prova descartada): Atleta (país)
08 (05): Grael & Ferreria (Brasil)
15 (11): MacDonald & Wolfs (Canadá)
19 (12): Holm & Olesen (Dinamarca)
20 (10): Marazzi & deMaria (Suíça)
20 (15): Cayard & Trinter (EUA)

Quadro de Medalhas
23.26.17 (66) EUA
23.15.12 (50) CHINA
15.08.09 (32) JAPÃO
13.09.13 (35) AUSTRÁLIA
09.07.09 (25) FRANÇA

Desarmado e perigoso

Incrível segunda-feira desportiva. Estava apreciando meu esporte preferido, o nado sincronizado. Tenho tesão por gêmeas. Tenho orgasmos vendo aquelas mulheres gostosas iguaizinhas, com a perninha pra lá, perninha pra cá.... Incorporando Charles Bronson, comecei fazer justiça com minhas próprias mãos. Quando chegava aos finalmentes, sou pego de surpresa com as calças na mão: cortaram a transmissão direto para a Danone do Santos. Não me lembro se meu pau vomitou ou gozou....

Para piorar, entra a enfermeira na sala e grita:
- Porra!
Respondo na lata:
- É uma merda mesmo! Sabia que a pretinha ia peidar na hora...

Agora, além de punheteiro, sou desempregado. Para vocês leitores se confraternizarem comigo, aí vão umas fotos das melhores coisas dessa Olimpíada...


Já levantou, deixa que eu corto!



Amo muito tudo isso



A holandesa Rebekka Kadijk, do vôlei de praia



Francesca Piccinini, vôlei italiano, nossa musa

Quero me casar com Catelina

Vamos falar com a família!
Vamos agora falar com os amigos!
Vamos agora mostrar a torcida no Brasil!


Links e mais links da TV para engrossar o caldo e a audiência na apresentação de Daiane dos Santos.
Aos borbotões eram exibidas a imagem da confiança, da esperança e da presepada que todo brasileiro faz quando se mistura ao esporte: cartazes, camisas e uma infinita gama de papagaiadas estranhas e bizarras, que envorgonhariam Jack Pallance, caso fosse obrigado a apresentá-las. Tanto falaram que nutri grandes esperanças na apresentação da ginasta braisleira¹.



Durante todo o dia (ou melhor, desde a classificação para a final), desconsideram-se as concorrentes e encgeram a bola da pretinha brasileira. Seria a primeira brasileira a ganhar um ouro na ginástica; seria a primeira negra a subir nop pódium. Tudo isso era jogado nas costas de Daiane, que não calçou as sapatilhas da humildade e desfilava com um visual digno de Maurrice Greene, o bestial corredor americano (3º nos 100m).
Após meio dia de bombardeio do estilo 'Daqui a pouco Daiane salta rumo ao ouro!', de uma grande sobrecarga de responsabilidade em Daiane, vem o locutor a finalizar o espetáculo da desgraça 'Jogaram muitas expectativas nela...'
Mas isso foi feito pela imprensa.

Só sei que nessas apresentações da ginástica, Catelina Ponor conquistou-me: além de bela e competente, é 'cheia dos ouro'²(sic).
______________________________
1. talvez eu seja altamente sugestionável.
2. a bela romena também conquistou o ouro na trave.



No futebol feminino, o Brasil bateu a Suécia e está na final. Uma injustiça tremenda, pois a seleção sueca era muito mais bonita. E quem vier me dizer que beleza não é tudo, clamo: 'Hipócrita! Vai casar com a Edinanci, então!'

domingo, agosto 22, 2004

Vai Ter Feriado Na Suécia Este Ano?

Amanhã teremos a ginástica, modalidade que etimólogos pirobos e pedófilos afirmam deveria ser disputada em pêlo. Daiane dos Saltos fará seu duplo twist, que sempre me pareceu ter alguma conotação sexual, embora ninguém saiba se carpado ou esticado.

Confesso que não tenho idéia da diferença entre os dois, e não quero saber. Sou como minha tia, que vai ao museu, olha um quadro, seja de Zé José ou de van Gogh, e manda o comentário cultíssimo: "bunitu". No fim ela se emociona toda, o que pelo menos não me ocorre ao assistir a desportos em geral.

Hoje, no atletismo, tivemos o que nove em cada oito comentaristas denominam "a prova mais nobre do esporte", os 100m rasos masculinos. Foi vencida por um sujeito que nem em seus sonhos mais delirantes almejava o ouro: Justin Gatlin. Fez a festa, que só não foi completa porque um dos torcedores se negou a lhe entregar a bandeira americana -- talvez torcesse pro Greene, que ficou em terceiro e com cara de bosta, linguinha pra fora. Em segundo, um português pra inglês ver, um nigeriano naturalizado.

Ah, sim, teve Jadel Gregório. Pois é. Pelo menos não tropeçou nas pernas, como o maluco medalhista de bronze, nem fez como a americana dos 100m com barreiras, que incorporou Matrix e tentou ignorar a existência das barreiras. "Não existe colher", está tudo na sua mente. Sei. Não é à toa que os Euá vão mal no atletismo. Vou começar a torcer pra Suécia.

Midas tupiniquim

"Ah, mais um post falando da medalha de Robert Sheidt...". Engano seu caro leitor, a citação da mitologia grega se refere não ao dom de transformar tudo em ouro e sim as orelhas de burro que este Rei carregava.

Esta é a sensação geral dos conterrâneos dos Tupinambás. Há poucos instantes, Jardel Gregário se mostrou um ótimo animador de torcida, com suas entusiasmadas palmas para a arquibancada. Não que tenha saltado muito mal (conseguiu 17,31m), mas sabe-se que ele poderia conseguir muito mais. Resumindo, peidou na farofa na hora H.

A parte que mais gosto da Olimpíada são os vexames. E neste domingo tivemos vários.... Nos 110m com barreiras para mulheres, a norte americana favorita ao ouro imitou aquele famoso cavalo brasileiro e refugou na primeira barreira. Outro norte americano, agora no tiro com carabina, era o favoritíssimo ao ouro até o décimo tiro, o último da série. What's happens? A mula atirou no alvo do adversário ao lado... Medalha para a China! E comer a Onassis deve dar azar. Perder a ferradura é Doda, digo é dose.

Duas notícias envolvendo a Coréia do Sul. Na ginástica artística, não engoliram o roubo que foi a medalha de ouro para Paul Hamm dos EUÁ e recorreram a CAS (Corte de Arbitragem do Esporte) para rever as notas da prova individual geral. A outra notícia é mais cômica. O treinador da equipe feminina de hóquei sobre a grama pediu demissão dizendo ser impossível treinar mulheres, estas sendo sentimentais e burras....

É da poltrona, Massú não é jacú não. Ganhou ouro nas duplas contra a Alemanha, jogando com Fernando Gonzales e está empatando a final de simples em 2x2 com Fish...

Como que Bahamas e Jamaica conseguem ter ótimos velocistas nas provas curtas? Se alguém correr 100 m nas Bahamas cai no mar, pois o país acaba antes! E correr doidão de maconha também não facilita nada...

A China voltou para o primeiro lugar no quadro geral de medalhas...Shiny happy pleople!

O Dream Team americano levou outro duro golpe e perdeu para a Lituânia.
Na mesa do QG central do Fantasma® era unânime que tal resultado ocorreria. O placar de 99 a 94 revela o equilíbrio do jogo, mas a esquada americana decepciona a cada dia os seus compatriotas.

As meninas brasileiras perderam para a Austrália no basquete. Como a partida foi às 8:30 da madrugada, não foi possível acompanhar (ou acordar para acompanhar) tal peleja. O placar ficou em 84 a 66, com o consolo de que fugimos das americanas.

Na vela, o Brasil tem mais chances de medalha na Mistral e começou bem na classe Star com Torben Graal (o Cálice Sagrado). Hoje venceram a 3ª e 4ª regatas.

Classe Star
Classificação (após quatro regatas)*
1. Torben Grael/Marcelo Ferreira (BRA) - 11.0
2. Nicklas Holm/Claus Olesen (DIN) - 20.0
3. Flavio Marazzi/Enrico De Maria (SUI) - 21.0
4. Ross Macdonald/Mike Wolfs (CAN) - 25.0
5. Roberto Bermudez/Pablo Arrarte (ESP) - 26.0
6. Francesco Bruni/Guido Vigna (ITA) - 31.0
7. Paul Cayard/Phil Trinter (EUA) - 32.0
8. Iain Percy/Steve Mitchell (GBR) - 32.0
9. Xavier Rohart/Pascal Rambeau (FRA) - 33.0
10. Colin Beashel/David Giles (AUS) - 39.0
11. Alexander Hagen/Jochen Wolfram (ALE) - 44.0
12. Leonidas Pelekanakis/Georgios Kontogouris (GRE) - 45.0
13. Hans Spitzauer/Andreas Hanakamp (AUT) - 49.0
14. Mark Neeleman/Peter Van Niekerk (HOL) - 50.0
15. Mark Mansfield/Killian Collins (IRL) - 50.0
16. Peter Bromby/Lee White (BER) - 52.0
17. Fredrik Loof/Anders Ekstrom (SUE) - 55.0

No hipismo, o Brasil não foi bem. Acompanhando dois brasileiros, fiquei até tarde esperando uma boa apresentação que não veio. O primeiro a entrar no circuito foi Doda - the rich very lucky guy - que estava indo muito bem, com um cavalo extremamente forte e que saltava com folga todos os obstáculos, até que o animal perdeu duas ferraduras (as dianteiras) e se desestabilizou. Rodrigo pessoa foi o 24º a entrar na pista e o cavalo desgraçado mostrou que, apesar do fiasco em 200, realmente é muito bom. Saltava todos os obstáculos com folga, mas numa falha cometeu uma falta e perdeu mais um ponto estourando o tempo. Bernardo Alves zeraria o circuito se não estourasse o tempo. A classificação mostra o equilíbrio de alguns conjuntos empatados:

1. Peter Wylde (EUA) - 0
1. Juan Carlos Garcia (ITA) - 0
1. Thomas Velin (DIN) - 0
1. Malin Baryard (SUE) - 0
1. Antonis Petris (GRE) - 0
1. Peder Fredericson (SUE) - 0
1. Grant Cashmore (NZL) - 0
1. Ludo Philippaerts (BEL) - 0
1. Beezie Madden (EUA) - 0
1. Wim Schroder (HOL) - 0
11. Bernardo Alves (BRA) - 1
31. Rodrigo Pessoa (BRA) - 5
31. Luciana Diniz-Knippling (BRA) - 5
47. Álvaro Miranda Neto (BRA) - 8

___________________________
(*) atualização feita às 15:45.

Robert Scheidt com Lasers

Ho, ho, ho, o Brasil é couro! E brutíssima forçação de barra para que houvesse a última regata, mas tudo bem, vamos fingir que ninguém percebeu.

Classe LASER (classificação final)
pts. (prova descartada): Atleta (país)
55 (19): SCHEIDT, Robert (Brasil)
68 (34): GERITZER, Andreas (Áustria)
76 (21): ZBOGAR, Vasilij (Eslovênia)
81 (28): GOODISON, Paul (Grã-Bretanha)
88 (28): LIMA, Gustavo (Portugal)

visao_do_inferno.jpg
o artista contempla a sua obra

sábado, agosto 21, 2004

Otimizando a Transmissão

Com centenas de canais transmitindo os jogos, é importante para o telespectador escolher bem ao que assistir. Minha sugestão é evitar os eventos em que apareçam brasileiros na tela. Exceção feita ao Scheidt e à Daiane. Ok, ok, esportes coletivos a partir das semifinais vale.

Mas há também umas frases-chave, ditas antes, durante ou depois da competição que ajudam. Coisas sutis como "só de estar aqui é uma honra", "meu objetivo é dar o meu mió", "não sei explicar...", "farei tudo ao meu alcance". Basta escutar com atenção para não perder tempo.

Com a prática, o espectador não precisará escutar a frase inteira, nem mesmo entender os idiomas, aprendendo a discernir um bom atleta de um ruim pelo mero tom de voz, ou pelo olhar do tigre -- vide Flávio Canto.

Um outro método, menos científico, é estudar os títulos e as marcas passadas dos atletas. No caso da final do salto triplo, amanhã à tarde, isto aí embaixo talvez possa ajudar.

Melhores marcas (preliminar e 2004-02, finalistas do salto triplo)
Prel.: 2004 : 2003 : 2002 : Adversário (país)
17.68: 17.61: 17.77: 17.64: Christian Olsson (SWE) - 24 anos
17.53: 17.18: 17.28: 17.29: Yoandri Betanzos (CUB) - 22 anos
17.44: 17.48: 17.63: 17.11: Marian Oprea (ROM) - 22 anos
17.33: 17.47: --.--: 17.68: Phillips Idowu (GBR) - 25 anos
17.20: 17.72: 17.11: 17.11: Jadel Gregório (BRA) - 23 anos
17.17: 17.22: 16.87: 16.30: Viktor Gushchinsky (RUS) - 26 anos
17.08: 17.68: --.--: --.--: Danila Burkenya (RUS) - 26 anos (ex-salto uno)
17.06: --.--: 16.92: 16.87: Hristos Melétoglou - 32 anos
17.01: 16.80: 16.97: 17.42: Yoelbi Quesada (CUB) - 31 anos
16.98: 17.58: 17.59: 17.63: Kenta Bell (USA) - 27 anos
16.94: 17.63: 17.55: 17.59: Walter Davis (USA) - 25 anos
16.91: 17.04: 17.12: 17.04: Julien Kapek (FRA) - 25 anos

Atletismo
Destaque do atletismo, hoje, a derrota dos Euá nos 100m femininos, após 24 anos (i.e.: Moscou). Júlia Nesterenko, a bielo-russa, que mereceu ganhar porque era bem mais bonita que as demais. Amanhã há Maria Mutola para animar a criançada, seguida de longe pela Jolanda Klepak, outra belezinha, na final dos 800m. Infelizmente, não dá futuro tocer para a Países Baixos. Mas torço mesmo assim, para irritar as feministas, e acho que nem preciso mencionar a tranqüila vitória da sueca no heptatlo (500 pts. à frente da segunda, mas quase 1000 menos que nos tempos de Jack Joyner-Kersee).

E nos 100m masculinos, amanhã, disputa entre um jamaicano, um falso gajo e três americanos. Lenílson não tem chance nenhuma, deve chegar em último nas semifinais. Classificou-se como o terceiro da chave mais fraca; nove outros corredores tiveram tempo melhor que o seu nas eliminatórias, sendo tal grupo encabeçado por Frank Fredericks (10s17 à tarde, 10s12 pela manhã), que cansou de ser vice-campeão olímpico e resolveu encerrar a carreira com resultados ainda mais ridículos.

Ciclismo
Não há muito o que falar, pois os atletas são desconhecidos no Brasil (quem sabe quem é McGee? foi vice na perseguição individual). Na perseguição por esquipes, uma vez mais a Alemanha se deu bem. São recordes quebrados seguidamente, e indefinição total. Se estiver passando num canal, sugiro que mantenham nele; finais sem muita enrolação.

- Esse é seu comentário sobre ciclismo?
- Mas ué? Adianta dizer algo mais? Se eu ainda tivesse aquela BMX Monark pra vender...

Vela
MISTRAL (após 8 de 11 regatas)
pts. (prova descartada): Atleta (país)
27 (08): FRIDMAN, Gal (Israel)
27 (17): SANTOS, Ricardo (Brazil)
33 (14): KAKLAMANAKIS, Nikolaos (Greece)
45 (15): DEMPSEY, Nick (Great Britain)
48 (16): MIARCZYNSKI, Przemyslaw (Poland)

49ers (após 9 de 16 regatas)
Classe ainda muito embolada, brasileiros em terceiro.

Remo: Cousa Vã e Perigosa

Remo, esporte que um dia já foi tão importante para o país quanto as canchas no jóquei... é impossível se importar muito com o futebol carioca quando se percebe que, há menos de oitenta anos, ninguém lhe dava a menor bola. (ri-se do trocadilho horrível) Mas vamos ao remo.

Matthew Pinsent, ex-companheiro de Steve Redgrave, conseguiu sua quarta medalha de ouro consecutiva em Olimpíadas ainda há pouco. Redgrave é o recordista, com cinco seguidas*, e declarou à imprensa, para desespero do confrade, que este tem potencial para ganhar seis. Parece que se esqueceu da pressão que sofrera em 1996, quando foi o único medalhista de ouro da Grã-Bretanha. Chorava toda noite, feito um bebezão. Mas resolveu impor o mesmo destino ao companheiro. Ou sabia que era uma cobrança inevitável? Assim é o homem, criatura vã e burra, e sempre disposta a encontrar a maneira mais eficiente de sacanear um libanês.

(*)apenas Pál Kovács, Aladár Gerevich, Reiner Klimke e Birgit Fischer também conseguiram medalhas de ouro em cinco olimpíadas consecutivas. A última, aliás, não exatamente, pois começou a ganhar em 1980 e teve de fazer uma pausa em 84, devido ao boicote -- defendia a Alemanha Oriental. Mas ganhou em todas as demais, totalizando 7 ouros, e estará em Atenas no K2 e K4 500m, tentando o feito inédito.

A Importância de Uma Olimpíada no Brasil

Sou favorável a uma olimpíada no Brasil e contrário a todas as nossas candidaturas, que nunca ganharão mesmo, e só discussão idiota engendram.

O argumento mais cretino: "temos outras coisas mais importantes para nos preocupar, blablablá, o leite das crianças, blablabla, educação, blablablá".

Nunca ouvi dizer que uma coisa excluía a outra, é argumento cretino e sem sentido. E método bom e barato para melhorar a educação brasileira e diminuir a pobreza é a ligadura de trompas, mas disso não falamos.

Não será uma olimpíada que melhorará ou piorará as condições de vida do povo. Quando muito afetará um pouco, para melhor, a do pessoal da cidade-sede -- além dos beneficiados por desvios e superfaturações (que seriam beneficiados de alguma outra forma mesmo, com ou sem Jogos.)

Sou favorável a Olimpíadas no Rio de Janeiro, especificamente, porque me é cômodo, e acho que melhoraria o trânsito. Acho. Além disso, olimpíada é legal, e talvez eu ganhe um troco com o mascote, que bolei aos onze anos, e continua muito atual.

Mas concordo com quem é contrário, para evitar discussão bizantina, porque sei que algum político pateta iria inventar de proibir o tiro de largada no atletismo, alegando apologia à violência. Melhor organizar um campeonato de biriba.

sexta-feira, agosto 20, 2004

A Novidade é o Atletismo

A natação encerra-se hoje, os Estados Unidos detêm mais de o dobro de medalhas áureas que qualquer outra nação, livre ou comunista. E um dos eventos finais é o tradicional 4x100m medley masculino, que os Euá jamais perderam.

A novidade é que Phelps, que ontem venceu os 100m borboleta na batida, em prova de recuperação, não participará. Nadou nas classificatórias, mas não irá pra final, a despeito de isso o tornar o nadador com maior número de medalhas em uma só olimpíada -- sendo seis de ouro. Cabe a eterna pergunta: por quê? por quê?

Digo que algum energúmeno sussurrou-lhe que isso seria visto como um gesto de grandeza. Não acho. Grandeza, desportivamente, é ganhar. E quem acha o contrário deve ser doente do pé. Se o outro é pior, e quer participar, lamento por sua derrota eterna, mas não terei piedade. Ninguém morrerá porque não ganhou uma medalha de ouro*, mas algum fraco o aconselhou a distribuir esmolas e migalhas.

(*) o contrário é verdadeiro, vide Florence Griffith Joyner

Ah, sim, e Gary Hall Jr., um dos maiores malas do esporte, conseguiu o bicampeonato nos 50m livres. Sua longevidade é devida ao diabetes, doença que lhe assegura acesso a remedinhos fabulosos, permitindo que seu desempenho melhore em relação ao passado -- de insulina pra cima, uma belezinha.

E por falar em medicamentos, no halterofilismo, que aos poucos se aproxima do fim, embora os escândalos prometam seguir por alguns meses ainda, a notícia do dia foi o doping do grego Sampanis, de quem debochamos outro dia. Se tiver um filho, não se chamará Leonardo.

Ciclismo, começaram as provas no velódromo. Não tenho idéia de quem bolou as dimensões de um velódromo, mas a coisa pegou, e nunca mais sai dali. Se tivesse outro formato, talvez outro fosse o campeão, mas paciência. "Ih, meo, se liga, aquilo lá é pura física". Sei, sei, então por que há velódoromso de 250m e os de 333.33m? Ah...

De qualquer modo, ontem houve o km contra o relógio, e vários foram os perdedores. O alemão, prata em Sydney, que quebrara o recorde olímpico, assistiu desolado ao francês recordista mundial, penúltimo a tentar, quebrar seu recorde. E este viu um britânico, o último a entrar, quebrar seu recém-estabelecido recorde. Uma putaria.

E realmente começou o atletismo, com brasileiro já passando vergonha -- salvo Jadel Gregório, que de modo algum ganhará a prova* --, e uma medalha mais que anunciada para Kenenisa Bekele nos 10 mil metros, sucesso de Gebrselassie, que ficou com a prata e passará a correr maratonas e provas de 20km -- corrida. 20km de marcha, tivemos ontem, evento totalmente idiota, e que precedeu as paradas gays em todo mundo. Por mim, eu botaria todos os marxistas andando prum lado e pro outro na ponte de Takoma, até ela ruir novamente. Mas pensar que eles têm de treinar aquela bobagem em público diariamente, durante horas e horas, já alivia um pouco o espírito.

(*) disse que saltou errado nas classificatórias e "mudará a estratégia". estratégia? deve considerar palavra bonita. estratégia? pfui.

E, huh, o quadro de medalhas:
17.12.11 (40) - EUA
15.11.10 (36) - China
12.04.03 (19) - Japão
08.05.08 (21) - Austrália
05.11.12 (28) - Rússia
(...)
00.00.02 (02) - Brasil (40o.)

Alegria de Scheidt é vela.....

Scheidt está mais próximo do que nunca¹ do ouro olímpico.
Na primeira regata chegou em 6º, o que o manteve em primeiro na classificação geral. Na segunda, chegou em 3º abrindo ainda mais distância em relação ao austríaco (cujo nome desisti de gravar e muito menos pronunciar). Um posição mediana na regata de domingo dá ao brasileiro o primeiro outro da Caravana Canarinho (e quem sabe passamos Zimbábue?).

Basquete feminino mais uma vez demonstrou desenvoltura na quadra. pena eu ter chegado em casa quando o placar já mostrava o final da partida e o resultado de 82 a 63. Ampla vantagem diante das africanas.

No tênis, Nicolas Massu - o mesmo que eliminou Gustavo Guga, o Kuerten, na primeira fase - garantiu vaga na final ao bater o americano Taylor Dent - vulgo Dentinho - por 2 a 0 (7-6(5), 6-1). Massu enfrentará o também americano Mardy Fish (que eliminou o chileno Fernando Gonzalez por 2 a 1). Pelo o que vi do jogo do chileno Massu, creio que leva o ouro. Mas quem faz previsão é Mãe Dinah, Pai Hosken e a bruxa hermafrodita que deu uma bengala mágica pro Clodovil. O resto é limonada Chuí®.
______________________
1. expressão faustiniana-da-silva

Nada de revolta com o companheiro de redação que escreveu sobre um esporte que era de minha competência. Tudo bem. Cardeal relatou sobre a vela com maestria.
Este post é somente para exaltar uma frase que muito orgulho nos traz:

NO QUADRO DE MEDALHAS, ESTAMOS ATRÁS DA POTÊNCIA CHAMADA ZIMBÁBUE!!!

E o grande Filósofo Ptolomeu já dizia: "Que merda, hein!"

quinta-feira, agosto 19, 2004

Segurando Vela

Xuxa fora das finais dos 50m livres, apesar de tempo melhor que o de sua final em Atlanta. Pieter também dançou; e Popov e Bruijn não são mais os mesmos. Phelps em busca de mais ouros. Enfim: a mesma coisa de sempre. Thiaguim foi quinto, e o Mangabeira não deve ser melhor hoje à tarde.

De halterofilia, falo apenas para mencionar os sete atletas já suspensos por doping. Doping é mandar a Edinanci pro feminino, doping não compensa, diz o decalque obtuso no carro da minha vizinha. Só é doping quando você é pego, dizem Al Bundy e Carl Lewis, razão por que campeões olímpicos fogem de moto e ejectam abobrinhas. Mas a China com quatro de ouro e três de prata, contra três de ouro e uma de bronze da Turquia. Hmmm...

O que desejo falar, porém, é sobre Vela. Parte das primeiras categorias se aproximam do final, então tó o que interessa -- as meninas do iatismo não têm chance mesmo.

Laser (após 8 de 11 regatas)
pts. (prova descartada): Atleta (país)
39 (19): SCHEIDT, Robert (Brazil)
42 (34): GERITZER, Andreas (Austria)
44 (21): ZBOGAR, Vasilij (Slovenia)
47 (25): SUNESON, Karl (Sweden)
49 (28): GOODISON, Paul (Great Britain)
62 (20): BLACKBURN, Michael (Australia)
66 (28): LIMA, Gustavo (Portugal)

Finn (após 10 de 11 regatas): sem chance de medalha

470: (após 10 de 11 regatas): chances meramente matemáticas de bronze (teria de ganhar e o terceiro ser desqualificado, além de outros seis à frente terem resultados horríveis)

49er (após 6 de 16 regatas)
Brasileiros em segundo, mas tudo ainda embolado, nem vale a pena registrar. Veja a lista aqui e note-se que nesta modalidade são descartadas as duas piores regatas.

Mistral (após 4 de 11 regatas)
pts. (prova descartada): Atleta (país)
07 (06): SANTOS, Ricardo (Brazil)
08 (15): MIARCZYNSKI, Przemyslaw (Poland)
09 (14): KAKLAMANAKIS, Nikolaos (Greece)
13 (08): FRIDMAN, Gal (Israel)
21 (17): ICINGIR, Ertugrul (Turkey)
21 (22): RODRIGUES, Joao (Portugal)
23 (12): KLEPPICH, Lars (Australia)
23 (15): PASTOR, Ivan (Spain)
23 (15): DEMPSEY, Nick (Great Britain)

E, no quadro geral de medalhas, os Euá finalmente à frente da China, ambas com 14 ouros, com 11 contra 9 pratas, e 10 contra 6 bronzes. Se bem que o ouro do Peirsol foi bastante mandrake; foi desqualificado por bater perna de crow na final dos 200m costas.

Muralha pra quê?

Da mesma forma que a Muralha da China não impedia as invasões inimigas, Yao Ming - homônimo da milenar construção- também não impediu a derrota da sino-esquadra para a Argentina, que jogou com certa facilidade. Para ser franco (e por que não godo, visigodo ou anglo-saxão?), Ming contribuiu para a derrota. Não adianta ter 4m de altura se não houver mobilidade em quadra; não adianta ter 12m de altura se a bola sobra no garrafão e nem um milímetro do chão salta para o rebote deixando o adversário livre; não adianta ter 25m de altura se não contribuir com o bloqueio ao ataque adversário. Ming foi uma nulidade em quadra. "Mas ele grande!" Grande por grande, o poste aqui da minha rua é maior e tem mais utilidade fornecendo luz para a comunidade! "Mas ele joga nos EUA!" Varejão também jogou lá... Destaque da partida ficou por conta do argentino Ginoble (ou coisa parecida...não lembro muito bem do nome do cidadão).

Na ginástica, Daniele Hypólito¹ atingiu uma marca inédita como a melhor ginasta brasileira no individual geral (envolvendo os quatro aparelhos), ficando em 12º. Um avanço. Camila Comin ficou em 16º.

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1. destaque para a música utilizada pela anã canarinho: Rock You Like a Hurricane, do Scorpions & Berlin Phil. Harmoic.

quarta-feira, agosto 18, 2004

Bem amigos¹ do Fantasma.
Hoje não acompanhei esporte algum. Fui fingir que trabalho e perdi todas as exibições patéticas dos atletas canarinhos.
No que me cabe relatar, Scheitd virou Guga e fez feio hoje. Ficou em 8º e caiu pra segundo lugar na classe laser.
As meninas do basquete resolveram jogar mal e perderam para a Rússia que além de belas jogadoras (como a pivô Stepanova²) apresentou um volume de jogo muito melhor. Muitos erros e afobação levaram o Escrete Arcain à ruína.
Como já dizia Prometeu: 'Que merda, hein?'
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1. será o início da mutação gavão-buênica?
2. a frase ficou dúbia, mas infelizmente é somente no sentido bíblico-gramático.

Oi, meu nome é Serafim José e eu estou fazendo a história

Triste foi o fim de Policarpo, todavia mais triste são as entrevistas com atletas brasileiros. Hoje mesmo vi uma menina do revezamento 4x200m livres dizer que deram o melhor (hmmm), aproveitaram o dia (duplos hmmms) e fizeram história -- hã?

Isso porque chegaram em sétimo lugar. Longe das campeãs. Tão longe que deveria escrever tal palavra com português araico, talvez em latim. Ela disse sem rir, não era piada. Nunca imaginei que a natação contribuísse para a lavagem cerebral das pessoas, mas assim é.

"Fazer a história" no Brasil é tão fácil, que um bom atleta jamais mencionaria o fato. É como aquele pedaço de terra em que a seleção foi jogar hoje, tal de Haiti. O maior desportista haitiano do século viu a partida de camarote. Falei do século? Digo da história!

O que ele fez? Dois gols na copa de 74. Não é muito diferente da glória desportiva nacional.

Los Três Amigos

Nada de interessante no halterofilismo, esporte com maior porcentagem de naturalizados dos Jogos -- não vi as estatísticas, mas tenho forte suspeitas.

No time trial da estrada do ciclismo, esporte com maior índice de dopagem, bicampeonato da holandesa pedaladora, van Moorsel. No masculino, consagração de Tyler Hamilton, após o fiasco no último tour de France. Ekimov, que tentava o bicampeonato, ficou com a prata. Mas o ponto alto, a meu ver, foi Ullrich uma vez mais demonstrar sua decadência, ficando em sétimo. Espero que Klöden assuma as rédeas da Team Mobile no próximo Tour de France. Peço por favor.

No atletismo, um evento inédito. Não o lançamento de peso no antigo estádio, isso existe há mais de dois mil anos. Mas, pela primeira vez, todos os atletas usaram a mesma desculpa esfarrapada. Não houve viv'alma que se afastasse um centímetro do "fiquei muito emocionado(a)". Ah, dá um tempo. Emocionado, só o contribuinte americano, que viu seu atleta passar mais ridículo que o nadador de cachorrinho Em seu primeiro lançamento, esqueceu-se de lançar: o peso moveu-se, tangente à trajetória, unicamente pela rotação do corpo; não deu um metro. Depois tropeçou, catou coquinho, melhor esquecer.

Mas o título lá em cima fala de três amigos. Pois é: o destaque da natação têm sido as disputas entre Ian Thorpe, Pieter van den Hoogenband e Michael Phelps*. Disputa, que disputa? Haverá é churrasco após a brincadeira. Todos têm medalhado, ganho as provas em que são favoritos, tudo é alegria. Anteontem, Thorpie vencia os 200m livres; hoje foi a vez do holandês vencer os 100. Phelps já tem 3 de ouro e 2 de bronze; amanhã à tarde, vencerá os 200m medley (Thiago Pereira, a grande esperança, deve ficar pra tio), e depois tem mais.

(*) além da queda de Popov e Inge de Bruxin, mas não custa aguardar

Desnecessário dizer que não sejam poucos os atletas em melhor situação que o Brasil no quadro de classificação -- extremamente humilhante. Os três juntos, aliás, têm mais ouro do que toda nossa história. Nem preciso fazer as contas pra saber que estou certo. Mas, sobre história, faço um post especial acima.

Galinhas Mortas do Esporte

O campeonato brasileiro transcorre naturalmente durante as Olimpíadas. Céus, como é vulgar o Brasileirão. Que o nível era ruim, já sabíamos, mas uma olimpíada torna tudo claro. Para me retificar da grosseria que é mencionar o assunto, cito um blog conhecido:

"Em 1983, um professor de literatura americano chamado Paul Fussell publicou um livro 'sobre um assunto', disse ele, 'cuja simples menção hoje em dia enfurece as pessoas': classes sociais. O livro se chama Class- A Guide Through the American Status System, e é tão engraçado (e tão perspicaz) que eu não poderia recomendá-lo com mais entusiasmo. Fussell divide a sociedade americana em nove classes, e as descreve minunciosamente - roupas, pronúncia, decoração, etc - ridicularizando todas elas. Há detalhes muito interessantes. Em um capítulo, por exemplo, ele diz que a marca distintiva do proletário disfarçado de classe alta é um certo vão entre o colarinho do terno e o pescoço: '...always a prole giveaway. Here, the collar of the jacket separates itself from the collar of the shirt and backs off and up an inch or so: the effect is that of a man coming apart' ('...sempre um sinal distintivo dos proletas. Nele o colarinho do paletó se separa do colarinho da camisa, e vai pra trás e pra cima uma polegada: o efeito é o de um homem caindo aos pedaços'). Em outro capítulo, Fussell diz que, em matéria de jogos, as bolas diminuem à medida que a classe sobe: basquete é um jogo proletário, futebol americano o jogo de uma classe um pouquinho acima, beisebol ainda mais acima, e tênis e golfe atingindo o topo.

É claro que a bolinha de gude refuta o exemplo, mas não há regra sem [murro na boca antes de completar o lugar-comum]

E quadro de medalhas, claro. Medalha, medalha, medalha:

11.07.04 (22) - China
10.10.09 (29) - EUA
08.03.02 (13) - Japão
06.04.06 (16) - Austrália
05.01.01 (07) - Ucrânia
(...)
00.00.02 (02) - Brasil (36o.)

Deixa que eu chuto....

Enquanto os verdadeiros jogos não começam nessa Olimpíada (nado sincronizado e ginástica rítmica), falemos de trivialidades. As meninas (?!?) do Brasil golearam a Grécia por 7 x 0. Jogo bom? Acorda, é futebol feminino! Se número de gols fosse critério para jogo bom, a pelada dos cachaceiros lá do bar seria um clássico mundial, já que sempre acaba entre 30 e 40 gols.....

No vôlei masculino, susto. Jogo muito pesado e longo para início de competição. Desgasta emocionalmente e deixa uma pulga atrás da orelha quanto a certeza do Ouro. O Karpov tupiniquim deve se mexer....

No vôlei de praia, Brasil segue firme e forte. O chato dessa Olimpíada é que torcer para o Brasil demora muito. Somos péssimos nos esportes que dão medalhas no mesmo dia de disputa (exceção para o judô). Torço por 4 medalhas. Acredito em 3 (2 no feminino e 1 no masculino).

Flávio Canto pescou mais um bronze para o Brasil e lutou muito bem. Diferente do Leandro, que ganhou porém teve as lutas mais murrinhas, o Flávio lutou muito bem todas as lutas (até a que perdeu) e mereceu a medalha. E vocês viram a mãe do Leandro de porre na televisão? Ele deve ter pensado que era melhor perder na repescagem....

Lindo também foi ver o atleta Brasileiro fazendo bonito no cross country montado no MOZART!

Notícia para felicidade do cardeal: todos os mesa-tenistas da China passaram para a próxima fase. No feminino e masculino. Duplas e individuais. EUREKA, EUREKA!

Que mascote é esse? Lembra o Bugalú do Viva a noite! Saudades do Misha.....

terça-feira, agosto 17, 2004

Notícias da Vela:

Laser.
Robert Scheidt, fazendo jus ao seu nome nada nada nacional, assumiu a liderança ao vencer a 3ª regata e mateve a posição chegando em 3º na 4ª regata. Acirrados com Scheidt estão o português Gustavo Lima (que não foi bem hoje) e o belga Philippe Bergmans.

49er
O Brasil chegou em 3º na regata desta manhã.

470
Na 5ª regata, o Brasil chegou em 4º e mantém uma boa posição no geral.

7 Dias
Pai Xoxó liderando com folga nos trabalhos.

No boxe, um neozelandês, irritado com o clinche(sic) do turco, levantou-o do chão e aplicou um ippon. Se fosse judô ganhava.

Não sou o responsável pela cobertura do vôlei, mas só um adendo: enquanto Adriana Behar e Shelda batiam as italianas, nos intervalos e bolas-fora ouvia-se um funkão carioca (e não era a torcida; era a organização do evento animando o pessoal).

No futebol feminino, o Brasil goleou a Grécia por 7 a 0. As moças de nosso escrete deveriam ter se contido; afinal são as donas da casa. Dessa forma conseguirão a antipatia da torcida local que pode passar a torcer contra a nossa seleção. Uns 6 a 0 já estava de bom tamanho. O começo da partida foi equilibrado, causando sono a quem a assistia. Desliguei a TV e de repente, ao voltar para ver o resultado, deparei-me com uma estrondosa goleada. Acho que ainda não fui contaminado pelo espírito olímpico, senão ficaria 24h por dia diante da TV.

Ginástica masculina. Japão levou o ouro, seguidos dos americanos e romenos. A maior nota ficou por conta de um Chinês com um nome provavelmente composto e de pequenas sílabas: 9.8; mas ele não estava sozinho e seus parceiros fizeram questão de estragar a sino-festa. Nem subiram ao pódium na competição por equipes.

E seguem os EUA mal das pernas no quadro de medalhas.

segunda-feira, agosto 16, 2004

A Volta ao Mundo em 200m livres

Ai, meu são Longuinho, aqui não entro eu na discussão mundial sobre o Michael Phelps eternamente em terceiro lugar. Sim, como se era de esperar, foi o que fez, e bem: a disputa dos 200m livres ficou entre Ian Thorpe e Pieter van den Hoogenband.

O holandês, dito voador, desde pequeno é um soberbo piscineiro (o doping também ajudou, é claro), porém sofreu grandes traumas: as pessoas diziam "anote esse nome", e quando proferiam o inominável, ninguém conseguia anotar direito, a maior parte nem tentava. Assim, querendo provar algo, Pieter tomou a liderança desde o início, e a manteve por cerca de 100m tranqüilamente; foi quando o torpe australiano finalmente mostrou por que a imprensa o louvava em 2000 e exigiu sua vaga nestas olimpíadas, e o ultrapassou nos 50m finais. Pieter, cansado ao final, quase foi ultrapassado por Phelps, enquanto via Thorpie quebrar o recorde olímpico.

Nas outras três finais natação, os Euá finalmente mostraram que vieram a Atenas para ganhar, e não apenas para esperarem um atentado, e ganharam dois eventos, com uma chinesa sorvedora de tartaruga vencendo o restante, os 100m peito -- o que não deixa de ser curioso, considerando-se a falta de peito das orientais, mas natação é cousa meio douda mesmo.

Outros sorvedores de tartaruga ganharam o dia no halterofilismo, e repetiram a dobradinha da categoria pena. O grego Leonidas Sampanis ficou pra titio, provando que a numerologia é correta. Em 1996, também no levantamento de peso, foram prata Valerios Leonidis, Leonidas Kakos e Leonidas Sabanis. Leonidas Sabanis foi padrinho novamente em 2000. E agora temos mais um leonino humilhado. Assim é a vida. A vida deles pelo menos. Pior que isso, só as punições infinitas da vida de um judoca.

Quadro de medalhas:
10.04.01 (15) - China
06.02.05 (13) - Austrália
05.01.01 (07) - Japão
03.05.05 (13) - EUA
02.02.03 (07) - França
(...)
00.00.01 (01) - Brasil (31o.)

Wazari para Inglês ver

Tudo bem, medalha de bronze para o Brasil, mas que o wazari dado pelo juiz que consolidou a vitória do Brasileiro não foi wazari, isso não foi mesmo. Talvez, como a luta já estava decidida, ele tenha resolvido abreviar o sofrimento de ver aquela luta horrível. O técnico do Brasil no judô é da escola do Parreira: nossos atletas só defendem, sendo que vários já foram eliminados por falta de combatividade.

Confesso que fiquei surpreso pela medalha, apesar de dizer que seria do judô nossa primeira medalha. Garoto novo, apenas 21 anos, com pouquíssima experiência internacional. No feminino, mais choradeira: NÃO FOI ROUBO! Mania de Brasileiro achar que está sendo roubado, quando a verdade é que falta competência. As duas fugiam da luta, mas a brasileira usava um artifício dos mais manjados no judô, aquele chutinho irritante na canela, para fingir que estava atacando (isso também é falta de combatividade). Numa primeira vez funcionou e a adversária ficou em desvantagem. A besta da judoca, incentivada pelo Parreira, manteve a tática. Para surpresa geral, a mula do juiz deu falta de combatividade para as duas de novo, o que daria a vitória para a Brasileira.

Graças aos juízes laterais, que diferentemente dos bandeirinhas do futebol não são uns pesos mortos, chamaram a mula no canto e explicaram a asneira que ele estava fazendo. Para reparar a cagada, ele tirou a falta da adversária para igualar a luta. Foi para o ponto de ouro e o resto vocês já sabem....

Vôlei feminino brasileiro, de tanto brincar, quase se enrola com o Quênia. Mas como perder era impossível (zebra em esporte coletivo é coisa de futebol) fechou em 3x0 mesmo. É lindo ver o Karpov, treinador da Rússia, dar instruções para a equipe. Hoje ele gritou tanto que fez a Gamova chorar, uma gigante de 2,04 metros! Magavilha!

Dá-lhe Guga!

O selecionado feminino de basquete novamente entrou em quadra e não decepcionou a torcida brasileira: 87 a 75. Confesso que vi somente o final da partida, período em que o Brasil não esteve bem, mas já atingira uma grande vantagem sobre a seleção local. As mulheres seguem fazendo bonito.

No boxe, mais uma surra. O brasileiro Myke Carvalho, sentiu-se Tyson e perdeu. Derrotado pelo porto-riquenho Alexander de Jesus, volta pra casa com dois questionamentos:
1. existem pessoas em Porto Rico que não se chamem Jesus?
2. será que o lutador era parente do dançarino¹ brasileiro, o Carlinhos?
______________________
1. ressalta-se que em várias situações o porto-riquenho dançou à frente do brasileiro.

domingo, agosto 15, 2004

Até agora, nada

Frescura é o que percebo nas arbitragens de boxe e judô. E noto também que grito deveria ser esporte olímpico, pois muitos são os esportes que berros demandam.

Assim como os berros, defendo as tradicionais corridas de biga, e a promissora criação do grupo "desportos de mesa", permitindo não apenas a manutenção do ping-pong nos Jogos, como a introdução de truco, hóquei de mesa, roleta russa, bingo, fliperama, pebolim e concursos de cerveja & salsicha -- pra dizer o mínimo.

Mas vamos ao futebol: no ciclismo de estrada, mais uma prova fraquinha, desta vez com uma atleta da terra dos cangurus aproveitando-se do esforço alheio e pulando para a ponta às custas do esforço tedesco.

Ciclismo é modalidade famosa por todos os atletas se doparem, muitos dos quais alegando asma. Mas é coisa pouca se comparada ao halterofilismo, em que a turquia mostra o desenvolvimento de sua população. Hailil Mutlu confirmou sua medalha áurea, e outras hão de vir para tão empoeirada nação.

Na piscina, o Brasil segue desfiando o rosário de suas humilhações. Gustavo Borges despede-se de forma melancólica, sequer indo à final, numa prova (4x100m livres) dominada pela África do Sul. Duh. Phelps pegou um bronze durante o evento.

Em outra prova, um samurai Kitajima também berrou muito. Após a prova, ou teria engolido tubos de água urinada por atletas vingativos. Se houvesse uma katana por perto, a coisa ficaria braba.

E a vampira holandesa, Inge de Brujn, perdeu medalha fácil para Petria Thomas, a sensação australiana, nos 100m borboleta. Austrália dominando as piscinas até o momento, e amanhã, será a vez de Phelps decepcionar mais uma vez as crianças americanas. Mas Torpie também. Os 200m livres serão do holandês voador.

Digo isso com muita dor no coração. Todo holandês ligeiramente rápido logo é chamado voador. Pobres são as criações humanas, vide Capela Sistina e planos econômicos em geral.

E isso é isso; no quadro de medalhas, os chinos lideram, com cinco áureas, duas argênteas e uma de liga de estanho e cobre. Antiamericanos comemoram que o país que por duas vezes salvou o mundo tenha apenas uma de ouro. "Não vai ganhar; ih, aí, se fodeu". E digo hei, eu digo hei, eu digo hei, cês parecem que naum sei.

Super Quadro Norte de Medalhas
5:2:1 (8) - China
4:1:3 (8) - Austrália
4:1:0 (5) - Japão
2:1:0 (3) - Itália
2:0:1 (3) - Turquia & Ucrânia

Os americanos entraram em quadra com a sua esquadra de basquete com muitos desfalques, mas com jogadores consagrados na NBA (tidos como os melhores do mundo). Foi um jogo caseiro, contra o protetorado americano: Porto Rico. Não vi o jogo; ainda bem, pois o único lance ao qual assisti foi um lance livro portorriquenho, na qual o time Menudo desperdiçou. Olhar de pimenteira contra Porto Rico, voltei para o canal em que estavam passando as eliminatórias da ginástica olímpica. Mas voltando ao basquete, os EUA tomaram um sacode de 19 pontos de diferença, com direito a desespero do treinador yankee.

Na ginástica, o Brasil foi regular em todos os aparelhos. Destaque para Diane dos Santos no solo, classificando-se para a final deste aparelho em 3º (atrás de uma romena e uma chinesa - supresa? Não); Daniele Hipólito, que quase ficou entre as finalistas das paralelas assimétricas, mas se classificou para a final geral individual; e Camila Comin, que também se classificou para a final geral individual.
Essas Olímpiadas demonstraram também o potencial de duas jovens ginastas brasileiras de apenas 16 anos: Laís Souza e Ana Paula Rodrigues.

No boxe, manteve-se a tradição canarinho!!!!
Caímos nas primeiras lutas em vexatórios combates. Dá-lhe Brasil!

Ridículo e Humilhante, e no entanto é aqui que eu vivo

Ê, Brasilzão de meu deusu, que maravilha o primeiro dia de competições; não imagino o que possa ser mais humilhante. O nadador de Guiné Equatorial era um coitado e um idiota, todavia não fora aos Jogos credenciado por índices estusiasmados.

No ciclismo, dos três brasileiros, apenas um completou, e mesmo assim lá no fim do pelotão. Pensar que Paulo Serginho, um Portuga, foi medalha de prata. Não digam que deram o seu melhor, que fizeram o possível diante das circunstâncias. Envergonhem-se e vão embora.

A natação, também, só reservou vexames. Thiago Pereira, a grande esperança branca, não chegou nem às semifinais dos 400m medley, e ainda vomitou após a prova. "Ah, e quanto a Joana Maranhão?" O fato de uma quinta colocada, quase meia-piscina atrás da campeã, numa prova de 400m, em que até uma argentina medalho, seja destaque resume a campanha brasileira.

Falemos de um assunto em que não haja brasileiros: levantamento de peso. Na mais leve categoria, como é costume, um recorde foi quebrado. Oh, céus, a imagem de Maria Elizabete, a mulher mais feia do mundo, ainda me assombra. Cruz credo, fão falemos de halterofilismo outro dia.

sábado, agosto 14, 2004

Afrodite chinesa

Amigos, oh povo feio! Este colunista lança um desafio para vocês nestes dias de Olimpíada. Tentem achar alguma Chinesa bonita, qualquer uma. A delegação chinesa deve pegar qualquer um na rua e pensar: e só passar um batonzinho, colocar uma sainha e levar para a Olimpíada...

O judô Brasileiro levou porrada de tudo que é jeito em Atenas. No masculino, Alexandre Lee perde por falta de combatividade. Vai para uma Olimpíada e perde por ficar enrolando, fala sério. No feminino, foi cômico. Um minuto e 24 segundos depois de estrear nos Jogos, Daniela Polzin perdeu por Ippon para um Chinês travestido de mulher. Japão faturou as duas medalhas de Ouro na categoria ligeiro.

No esporte preferido do Gregos, o tiro ao prato, Rodrigo Bastos tem que fazer milagre para continuar nos jogos. Como hoje errou 5 tiros em 75 possíveis, tem que acertar os 50 tiros nesse domingo na fossa olimpíca.

No vôlei feminino, nenhuma surpresa. Brasil passou sem grandes dificuldades pelo Japão e deve terminar em primeiro no grupo A, assim evitando um confronto com a China numa semifinal. E consultando um oráculo durante o jogo dos EUA x China no vôlei feminino, tive a revelação: a líbero dos EUA, Stacy Sykora, morre fácil.... Eta oráculo bom.

E só para não falarem que não falei das flores, o tênis de mesa do Brasil foi eliminado das competições individuais. Amanhã, será das duplas.

ARRASADORAS...

Não...Isso não é propaganda de móveis das Casas Bahia®*, muito menos de preços do Supermercado Prezunic®* ou do Khalil M. Gebara®*. Esta é a chamada para falar da vitória do basquete feminino diante das japonesas. O jogo terminou 128 a 62, demonstrando a superioridade brasileira. O jogo começou mal; o Brasil desatento e equilíbrio no 1º quarto. Logo que vi a camisa 4 japonesa, a Kusuda, pensei cá com meus botões: 'Essa aí só faz cesta de cagada; danou-se para o escrete canarinho (que apesar disso joga de azul)'. No 2º quarto, as japonesas fizeram somente 3 pontos e o Brasil deslanchou, fechando o 1º tempo com quase o triplo de pontos. Destaque foi o trambolho Alessandra, mesmo atabalhoada e burra como ela só, foi a mais acionada e a jogada de garrafão foi a chave da vitória (mesmo após o jogo ter se tornado bundalelê que foi, com o Japão perdendo as bolas e o Brasil só faltando fazer cesta de bunda - talvez essa fosse a especialidade da Kusuda). O 3º quarto foi marcado pelo equilíbrio, mas desandou no 4º quarto de novo, com o Brasil fazendo um caminhão de cestas. Muito antes de terminar o jogo eu já estava escrevendo este texto vagabundo.
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(*) Quevedo® e muito menos o Fantasma® não ganharam jabá pelos anúncios involuntários feitos nessa coluna.

O bom filho à casa torna

Enfim, começaram os Jogos Olímpicos de Atenas. Após um século de vadiagem ao redor do mundo, eles finalmente retornaram ao seu local de origem: a Grécia, berço da humanidade e mãe de boa parte das mazelas que ainda hoje aflijem a espécie humana - o teatro, a democracia, Maria Callas e o churrasquinho grego.
A festa de abertura foi, no melhor dos sentidos, um espetáculo sem precedentes. Foi, de longe, a mais bela de todos os tempos de que tenho notícia, se me permitem o paradoxo; possuo algumas boas lembranças do urso Micha em Moscou e do Naranjito na Espanha.
Tudo bem, Naranjito era mascote da Copa do Mundo, mas em termos de paralização nacional, Copa e Olímpiadas se equivalem. Ambas perdem para o carnaval e as micaretas.
Um imenso tanque d'água foi instalado no centro do estádio olímpico, simulando o mar que tanto representa a vida quanto a morte para a Hélade; demorou seis horas para ser enchido e foi esvaziado em três minutos, graças a um absorvente íntimo gigante. Uma oliveira, então, surgiu do meio do nada; atletas tépidos e sexualmente excitados lambuzavam-se em azeite e lutavam num grande tatame que saiu de dentro da Björk, cantora islandesa e retardada - não necessariamente nessa mesma ordem.
Não entendo essa fixação grega com a oliveira; se ainda fosse a Luma, tudo bem, dava pra aturar. Pau por pau, sou mais a jangada, que é pau que bóia.
No fim das contas, atletas gregos reuniram-se para acender e erigir o charuto fálico de Zeus, fornecendo fogo grego e um Viagropoulos king size extra large para o poderoso membro. A delegação brasileira destacou-se pelo verde-limão (até porque verde-limão se destaca de longe, tal qual a caneta marca-texto em classificado de jornal), enquanto os representantes das minorias étnico-políticas mundiais - Iraque, Palestina, Timor Leste e Pelotas - foram aclamadas pela população presente à festa.
O chato foi desgrudar a turba pelotense da pira olímpica depois. E pensar que uma vogal no fim da palavra faria toda a diferença para eles...
Que comecem os jogos, maestro Zezinho! - pois eu já estou na jogatina há muito tempo, devendo a Deus, Zeus e o mundo.
Quando eu perder as calças, eu aviso para as moças deixarem o recinto.
Ou não...

Adendopoulos: esse post foi escrito em conjunto pela equipe do Fantasma - cardeal (presença física, apoio metafísico e suporte logístico: o PC é dele), Teophilus (por brincar com uma bolinha de borracha), Ladrilheiro (saiu para comprar cigarros e, infelizmente, voltou), Quevedo (mentor intelectual do crimen) e Arquibaldo da Poltrona (corno-mor e prestidigitador, quero dizer, digitador). Este último, tal qual Odisseu, voltou à pátria para rever os irmãos, após anos penando nas ilhas de Caras.

quinta-feira, agosto 12, 2004

O estranho de Atenas

Todos os jogos olímpicos têm algum atleta que chama a atenção pela estranheza ou forma bizarra que se apresenta. Acho que esta Olimpíada já tem o seu, ou pelo menos é um fortíssimo candidato. Ele tem 1,30 cm de altura e pesa 30 kg. Você deve ter pensado: "Será o Tricolor?".

Não, não é o tricolor. É um atleta da Malásia de apenas 14 anos, o mais jovem desta Olimpíada, que irá participar dos saltos ornamentais. Chance de medalha? Nenhuma, apesar do moleque ser bom. A pergunta que fica realmente é: será que ele irá saltar com bóias do pato Donald? Detalhe, a Malásia também tem a segunda atleta mais jovem, uma saltadora de 14 anos, apenas 14 dias mais velha que o compatriota.

E o Iraque mandou ver nos Patrícios. O presidente Bush declarou que isso mostra que ele estava certo sobre a invasão no Iraque, e que este país já demonstra claras melhoras em sua qualidade de vida. E que como os ornitorrincos, ele também trabalha contra o nado sincronizado...

Itália passou aperto para garantir um empate contra Gana, Japão tem um time medíocre e Gamarra cometeu várias faltas no jogo contra o Japão. Nada que presta no futebol olímpico.

O futebol feminino, pelo menos para mim, mostrou que está entrosado e com um bom toque de bola. Com exceção de Formiga e Pretinha, o time jogou bem. E aos que esculhambam o time, lembro que o jogo é FUTEBOL FEMININO. Comparar com a seleção nacional, Ronaldinho e Real Madri é sacanagem.... E comparar com o Flamengo, é covardia..... com o Flamengo!

quarta-feira, agosto 11, 2004

Daily Summary: -2

A página oficial assim registra, solucionando uma disputa filosófica muito antiga, sobre a existência ou não dos números negativos no mundo natural e na matéria inanimada -- se até a antimatéria é dotada (nossa) de energia positiva... agradeço, vertendo lágrimas, ao arquiteto de informação que tão célebre questão resolveu, mas vamos aos eventos, i.e.: ao futebol.

Destacaram-se no primeiro dia a vitória magra, quase de má vontade, das garotas brasileiras sobre as australianas, e as goleadas das gerdas sobre as chinesas (oito a zero), dos argentinos sobre os sérvios-e/ou-montenegrinos (seis).

A opinião nos bares é definitiva: a seleção feminina brasileira não tem chance sequer de medalha; a Alemanha será a campeã, e os hermanos hão de receber os louros que há cinquenta anos buscam. As partidas restantes não são nem mesmo mera formalidade; são, antes, um descuido da Organização.

Ignoram os problemas que nossas meninas tiveram, a perda da centroavante; que a China remonta sua seleção feminina com vistas aos próximos Jogos; e que o time de Sérvia e Montenegro, país que mal possui estados suficientes para chamá-los unidos, foi incapaz de levar uma seleção a Atenas.

O último caso é o mais emblemático, nunca houve tão clara prova da cegueria desta pátria cujo passatempo é cuspir para o alto. Quando se trata de cantar nossa desgraça, ou exaltar a grama e a urbe alheias, o brasileiro é incapaz de perceber o óbvio. E o óbvio é que a seleção da Sérvia e Montenegro só tinha 13 atletas, não dispunha de jogadores nem para completar o banco, nem para realizar o número de substituições permitido pela regra. Se o Zagallo fosse o técnico da argentina, o infarto seria iminente.

Eu, no canto de meus anos, vejo com alegria a humildade de nossa vitória, e percebo desígnios terríveis nas goleadas em jogos de abertura. Os fundamentos e a condição atlética de nossa equipe estão melhores que em outras ocasiões. A medalha luzirá como ouro, qualquer que seja, e nunca esteve tão próxima. Talvez não venha. Talvez. Mas quem deu o primeiro passo para uma tragédia foram alemãs e argentinos.

segunda-feira, agosto 09, 2004

Antes cair das nuvens que de um terceiro andar

Se nada há de mais patético que a peste, sem dúvida a queda é o mais ridículo dos males: dói excessivamente, mas somente por ser vista sob pior das perspectivas. As deste final de semana não foram vistas sob perspectiva alguma, mas ignoradas pela grande imprensa, má, cruel e manipuladora:

(i) O Fantasma do Pan: Bernardinho, maior estrategista do mundo, derrotado por franceses

Em bela prévia do fiasco olímpico, a invencível seleção masculina de vôlei perdeu de forma vexatória e inapelável para a seleção francesa. "Mas foi 3x1, e não 3x0", dirá o leitor ignaro. Ocorre que perder para os franceses, em qualquer coisa, é EXTREMAMENTE humilhante.

Uma explicação possível para a derrota é o simpático técnico da seleção, que ficou conhecido por seus ataques de histeria e por ceder sua esposa a um colega de profissão, ter sofrido o mesmo fim de tantos outros técnicos: abdução alienígena. Apático durante a partida, o replicante por que foi trocado afirmou após o desfecho, entre outras coisas, ser melhor perder agora que nas olimpíadas, algo sobre nervos etc.

(ii) Pendurando as sapatilhas

Popó teve seus delírios de grandeza findos. Apanhando feito um cachorro*, foi à lona três vezes, diante de um americano com nome de porto-riquenho. Totalmente desorientado, ainda se levantou, apenas para dizer ao juiz que abandonava o combate. Antigos espíritos do mal já viam desígnios terríveis no fato da revanche ter sido marcada com antecedência. Se não a vencer, imagino que cumprirá seu contrato lutando contra Maguila ou o Mike Tyson.

(*) não assisti à luta, jamais pagaria cinquenta mangos no ppv por isso

O tempo não é exatamente um referencial de Galileu válido, apenas os objetos que porventura estejam em movimento retilíneo uniforme em relação a um observador inercial. A despeito da possível controvérsia, todavia, digo que o tempo está chegando, tempo em que haverão muitas quedas, talvez tão belas quanto a de Gail Devers nos 100m com barreiras em Barcelona. Isso sem falar dos refugos. Ah, a poesia dos jogos olímpicos! tragam-me lenços, que irei chorar.

PS: sei que hoje não é meu dia de escrever, apenas vingo-me no próximo por uma traição passada, hábito comum em meu país tropical.

sexta-feira, agosto 06, 2004

Marcha, soldado, rumo a Babel

Exercício tão inútil quanto inevitável é completar a maratona machucado. Sempre tem alguém para dar trabalho extra aos fiscais, e o atreta denodado, pertinaz e pleno de espírito olímpico caracteriza-se, também, por NUNCA ser de primeira linha.

Em toda a história humana, amigos, não se registra um só caso de grande atleta que se dê ao trabalho de completar uma prova longa quando completamente fora de condições. É idiota, é imbecilíssimo, e é vontade de aparecer. "Vejam como sou bravo e tenho valor" my ass. Mais inútil e inevitável que um palhaço* desses, só as previsões de medalhas.

(*) aliás, há um profissional na delegação brasileira, e nem é dirigente; o Circo Garcia fecha, temos de aturar essas malas gastando verba pública à toa -- bem, convenhamos, é melhor do que deixar o sujeito vagar pelas ruas, fantasiado e pedindo para irmos ao teatro; questão de humanidade e despoluição visual

Após consultar tabelas astrológicas e tábuas numéricas, especialistas parem um resultado, que se caracteriza por ser o menos imaginativo do mundo, de um rigor acientífico e robóide -- salvo quando a equipe da casa está muito ruim; neste caso, o sujeito é forçado a ter uns delírios de grandeza para animar a festa.

Há, portanto, ao analista convencional, dois estados possíveis: esterilidade e ufanismo oligofrênico. Eu, que sou extravagante e mal falado na vizinhança, me recuso totalmente a compactuar: prevejo apenas nuvens esparsas, com precipitação no decorrer do período -- e que, a despeito dos andares poucos, os alojamentos serão comparados à torre babélica.

Além disso, prognostico 14 meses de aluguel pro Brasil, sendo três em berço de ouro: o Scheidt, um dos outros favoritos (vôlei cavalheiros ou polichinelo artístico por exemplo) e um desconhecido. Mas se conseguirem uma de ouro, já levantem a mão pro céu, fazendo o gesto que bem entenderem.

Bolão mais interessante é o do próximo atentado. Apostei na Itália. Talvez mamma-bomba seja a nova modalidade; seria uma explosão homérica, se nos tempos de Odisseus houvesse dinamite -- a observação não é despropositada nem fantasiosa; basta lembrar que Saruman, o branco, utiliza composto semelhante para entrar na fortaleza do abismo de Helm.

O que o demônio de sócrates murmurou ao meu ouvido, antes de fechar a edição: nenhum recorde mundial será quebrado no atletismo nem na natação. Não pelos homens. E muito menos por alguém que não se dope regularmente.

quarta-feira, agosto 04, 2004

Peço antes de tudo perdão aos outros colunistas, já que este dia não é o da minha coluna, mas devido à magnitude das olimpíadas e da sua proximidade, interrompo a ordem natural das coisas e crio uma nova ordem mundial.

O time de basquete Norte-americano perdeu um amistoso com seu time titular para a Itália por 95 x 78. Já disse anteriormente e repito: o ouro do basquete masculino não irá para os EUA.

E faltando poucos dias para as Olimpíadas, explode uma bomba em Atenas. Apesar de ser de pequena proporção e não ter ferido ninguém, é um mau sinal e apenas ajuda a deixar os jogos mais tensos.

Para piorar, o Brasil irá se hospedar entre os EUA e Israel na Vila Olímpica. Já visualizei a cena: Daiane do Santos e Gregório dos Santos, pai e filha, estraçalhados por estilhaços de uma bomba, Fernanda Venturini e Gustavo Borges se contorcendo no chão pelas queimaduras de Napalm, Rodrigo Pessoa e Adriana Behar correndo pelados chorando pela Vila (Foto ganhadora do Pulitzer)....

Enquanto eu escrevia este post, Guga levou mais um sacode e Tyson e apanhou de meninas que vendiam biscoitos na porta da sua casa....

Calendário dos jogos do vôlei de praia brasileiro nas olimpíadas:

Dia 15/08
8h30 - Benjamin/Márcio Araújo (BRA) x Canet/Hamel (França)
9h30 - Ana Paula/Sandra Pires (BRA) x Hakedal/Torlen (Noruega)
16h - Adriana Behar/Shelda (BRA) x Naidoo/Willand (África do Sul)
17h - Ricardo/Emanuel (BRA) x Horrem/Maaseide (Noruega)

Dia 17/08
8h30 - Benjamin/Márcio Araújo (BRA) x Álvarez/Rossell (Cuba)
10h30 - Adriana Behar/Shelda (BRA) x Perrotta/Gattelli (Itália)
11h30 - Ana Paula/Sandra Pires (BRA) x Koutroumanidou/Arvaniti (Grécia)
16h - Ricardo/Emanuel (BRA) x Schacht/Slack (Austrália)

Dia 19/08
10h30 Adriana Behar/Shelda (BRA) x Larrea Peraza/Fernández Grasset (Cuba)
11h30 - Ana Paula/Sandra Pires (BRA) x Lahme/Müsch (Alemanha)
14h - Ricardo/Emanuel (BRA) x Holdren/Metzger (Estados Unidos)
16h - Benjamin/Márcio Araújo (BRA) x Dieckmann/Scheuerpflug (Alemanha)

segunda-feira, agosto 02, 2004

Domingo de Esporte e falta de sorte

Com certeza eu sou o pior colunista esportivo da face da terra. Perco até para o Renato Maurício Prado¹.
Além de minha escrita ruim e lacunosa, ainda não tenho sorte e conhecimento a respeito dos esportes.
Ontem o Brasil jogou com a Itália na final do Gran Prix. Neste exato momento, estava eu numa churrascaria de Nichteroy para almoçar. A casa dispunha de vários telões. Vagou uma mesa e lá fui eu bater um boi enquanto assistia à bela exibição das meninas do Brasil. Quando me apresentaram a mesa onde sentaria, veio a decepção: uma pilastra impedia a visão dos telões; só conseguia ver o fundo de quadra das duas equipes (onde nada acontecia).
Mas depois vi o VT. O Brasil jogou bem e agora tem nova musa: Mari (ê loira bonita!); ela e a Leila juntas iam fazer bem ao torcedor brasileiro.
Bela conquista brasileira.

A Stock Car Brasil está ficando interessante. A cada prova tem briga entre pilotos. Tanto na pista quanto fora. São tantas as sandices cometidas na pista que alguns pilotos, revoltados com o espectro nakagimesco, quase chegam às vias de fato.
Ao final, Pedro Gomes vence em Curitiba.
E Saturo paira sobre a Stock car Brasil.

Flamengo estreou novo treinador e continuou na rotina de péssimos resultados. Henrique fez favor de tirar a bola das mãos do goleiro e entregou nos pés do integrante da esquadra alvi-verde. Saco. E mais uma derrota para os rubro-negros que não mais descem a ladeira, pois já estão lá embaixo.
Supresa foi a vitória do Botafogo. Tudo bem que o adversário não era lá essas coisas. O Guarani de Campinas. Mas é o Botafogo, né...Qualquer vitória é surpresa.
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1. O pior é que o cara faz sucesso; vou colocar piadinhas sem graça e difamações acerca da vida alheia pra ver se engreno nessa vida (tal qual RMP)