Marcha, soldado, rumo a Babel
Exercício tão inútil quanto inevitável é completar a maratona machucado. Sempre tem alguém para dar trabalho extra aos fiscais, e o atreta denodado, pertinaz e pleno de espírito olímpico caracteriza-se, também, por NUNCA ser de primeira linha.
Em toda a história humana, amigos, não se registra um só caso de grande atleta que se dê ao trabalho de completar uma prova longa quando completamente fora de condições. É idiota, é imbecilíssimo, e é vontade de aparecer. "Vejam como sou bravo e tenho valor" my ass. Mais inútil e inevitável que um palhaço* desses, só as previsões de medalhas.
(*) aliás, há um profissional na delegação brasileira, e nem é dirigente; o Circo Garcia fecha, temos de aturar essas malas gastando verba pública à toa -- bem, convenhamos, é melhor do que deixar o sujeito vagar pelas ruas, fantasiado e pedindo para irmos ao teatro; questão de humanidade e despoluição visual
Após consultar tabelas astrológicas e tábuas numéricas, especialistas parem um resultado, que se caracteriza por ser o menos imaginativo do mundo, de um rigor acientífico e robóide -- salvo quando a equipe da casa está muito ruim; neste caso, o sujeito é forçado a ter uns delírios de grandeza para animar a festa.
Há, portanto, ao analista convencional, dois estados possíveis: esterilidade e ufanismo oligofrênico. Eu, que sou extravagante e mal falado na vizinhança, me recuso totalmente a compactuar: prevejo apenas nuvens esparsas, com precipitação no decorrer do período -- e que, a despeito dos andares poucos, os alojamentos serão comparados à torre babélica.
Além disso, prognostico 14 meses de aluguel pro Brasil, sendo três em berço de ouro: o Scheidt, um dos outros favoritos (vôlei cavalheiros ou polichinelo artístico por exemplo) e um desconhecido. Mas se conseguirem uma de ouro, já levantem a mão pro céu, fazendo o gesto que bem entenderem.
Bolão mais interessante é o do próximo atentado. Apostei na Itália. Talvez mamma-bomba seja a nova modalidade; seria uma explosão homérica, se nos tempos de Odisseus houvesse dinamite -- a observação não é despropositada nem fantasiosa; basta lembrar que Saruman, o branco, utiliza composto semelhante para entrar na fortaleza do abismo de Helm.
O que o demônio de sócrates murmurou ao meu ouvido, antes de fechar a edição: nenhum recorde mundial será quebrado no atletismo nem na natação. Não pelos homens. E muito menos por alguém que não se dope regularmente.
Exercício tão inútil quanto inevitável é completar a maratona machucado. Sempre tem alguém para dar trabalho extra aos fiscais, e o atreta denodado, pertinaz e pleno de espírito olímpico caracteriza-se, também, por NUNCA ser de primeira linha.
Em toda a história humana, amigos, não se registra um só caso de grande atleta que se dê ao trabalho de completar uma prova longa quando completamente fora de condições. É idiota, é imbecilíssimo, e é vontade de aparecer. "Vejam como sou bravo e tenho valor" my ass. Mais inútil e inevitável que um palhaço* desses, só as previsões de medalhas.
(*) aliás, há um profissional na delegação brasileira, e nem é dirigente; o Circo Garcia fecha, temos de aturar essas malas gastando verba pública à toa -- bem, convenhamos, é melhor do que deixar o sujeito vagar pelas ruas, fantasiado e pedindo para irmos ao teatro; questão de humanidade e despoluição visual
Após consultar tabelas astrológicas e tábuas numéricas, especialistas parem um resultado, que se caracteriza por ser o menos imaginativo do mundo, de um rigor acientífico e robóide -- salvo quando a equipe da casa está muito ruim; neste caso, o sujeito é forçado a ter uns delírios de grandeza para animar a festa.
Há, portanto, ao analista convencional, dois estados possíveis: esterilidade e ufanismo oligofrênico. Eu, que sou extravagante e mal falado na vizinhança, me recuso totalmente a compactuar: prevejo apenas nuvens esparsas, com precipitação no decorrer do período -- e que, a despeito dos andares poucos, os alojamentos serão comparados à torre babélica.
Além disso, prognostico 14 meses de aluguel pro Brasil, sendo três em berço de ouro: o Scheidt, um dos outros favoritos (vôlei cavalheiros ou polichinelo artístico por exemplo) e um desconhecido. Mas se conseguirem uma de ouro, já levantem a mão pro céu, fazendo o gesto que bem entenderem.
Bolão mais interessante é o do próximo atentado. Apostei na Itália. Talvez mamma-bomba seja a nova modalidade; seria uma explosão homérica, se nos tempos de Odisseus houvesse dinamite -- a observação não é despropositada nem fantasiosa; basta lembrar que Saruman, o branco, utiliza composto semelhante para entrar na fortaleza do abismo de Helm.
O que o demônio de sócrates murmurou ao meu ouvido, antes de fechar a edição: nenhum recorde mundial será quebrado no atletismo nem na natação. Não pelos homens. E muito menos por alguém que não se dope regularmente.
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