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segunda-feira, agosto 29, 2005

Os piores esportes da tevê

Golfe: primo rico da sinuca, porém com jogadores tão bem vestidos quanto. Popular entre ricaços e pessoas da moleza idade. Por que seja considerado esporte é mistério maior que a construção das pirâmides ou a santíssima trindade -- os praticantes não se dão sequer ao trabalho de caminhar. A versão infantil inclui riachinhos e cataventos.

Pôquer: carteado high-society. Pertence à mesma categoria desportiva do anterior, mas com a desvantagem dos atletas se considerarem malandros, e de exibirem frequentemente partidas entre celebridades da tevê.

Luta-livre: vale-tudo em que é proibido bater de verdade; sobre o teatro, guarda a vantagem de não ter falas. Seus praticantes são homens de meia-idade, que fazem coreografias em maiôs ridículos, sobre um ringue cheio de molas -- e é natural que sejam por isso endeusados. A luta termina quando um deles retira a cadeira debaixo do tablado e acerta seu adversário pelas costas. O árbitro, geralmente cego ou mal intencionado, representa a injustiça da vida.

Fórmula 1: corrida entre carros que consagra os passageiros, e na qual são ilegais as ultrapassagens. A categoria, conhecida como circo, envolve milhões de dólares anualmente -- e severas mudanças de regulamento, para que os investimentos não sirvam pra nada. Apesar disso, a importância do piloto tem se reduzido a olhos vistos, e tanto, que hoje sua função principal é emagrecer em relação ao início da temporada. Só vale pelas garotas no paddock. Entre máquinas, prefiram o combate de robôs, que é mais castiço, e ainda conserva a possibilidade de ver explosões, fogo, peças indo pelos ares.

Futebol: "vinte e dois idiotas correndo num gramado, com o QI estampado nas costas". O esporte mais popular do mundo só poderia ser o mais estúpido, no qual os campeonatos fazem tudo, menos cumprir sua função -- definir a melhor equipe. Mais imbecil que a lei do impedimento são as torcidas organizadas, compostas por qualquer um que não saiba soletrar o nome de seu time, mas esteja disposto a morrer por ele nas arquibancadas.

quinta-feira, agosto 25, 2005

Caranguejos Gigantes do Alaska

Por incrível que pareça, o conceito de Maria Chuteira ainda é estranho aos jovens e voluptuosos futebolistas do país. Sempre com o propósito de melhorar o nível geral de nossa cultura, esclareço o tema mui atual:

Maria Chuteira é uma profissional do séquiço (a popular rameira) que não cobra à vista. O "barato que sai caro" levado às últimas conseqüências. Em resumo, são umas putas que esperam passar o primeiro trouxa para abrir as pernas e tomarem seu dinheiro.

- E ainda há quem caia nisso?

Ô, Ohoho. Ronaldinho Gaúcho, vai ser burro assim lá na seleção brasileira!

Mas ok; se eu fosse feio igual este sujeito, acho que também pegava o primeiro rabo de saia que desse condição -- que dirá de uma dançarina do Faustão. Noto apenas que lá fora está chovendo, não vai fazer calor...

segunda-feira, agosto 22, 2005

Dançando no Jóquei

Poucas semanas serão como a passada. O mais triste desta, ganhar com os cavalinhos de J.Ricardo. Golden Mountain correu bem, mas, ao contrário do nome, não rendeu sequer dois pra um. No ranking mundial, como predissemos quarenta minutos antes do Canadá, Russell Baze atropelará na reta de chegada, ultrapassando J. Segundo próximo ao disco final:

9530 vitórias - Laffit Pincay Jr. (aposentado e panamenho)
9112 - J. Ricardo (43 anos)
9054 - Russell Baze (47 anos)
8833 - William Shoemaker (morto)
8803 - Pat Day (recém-aposentado)

Nos últimos dois anos, J. Ricardo conseguiu 616 vitórias, contra 755 de Baze.

terça-feira, agosto 02, 2005

O oitavo Problema do Guardador de Rebanhos

Na virada pro século XX, Hilbert enunciou 23 problemas matemáticos que considerava da mais alta relevância. Alguns foram resolvidos, outros jamais serão. Quanto ao oitavo, acabo de elucidá-lo, e é com a maior satisfação que hoje, numa meia-noite de meio de Inverno, apresento a resposta.

Mas como existem algumas formulações diferentes na internet, farei uma tradução literal das palavras do velho matemático, para que não haja dúvidas:

8a. Questão: Handball é esporte?

A resposta é não. Porque é impossível assistir a uma defesa de mãozinhas pra cima, quicando lateralmente, olhar no infinito, e não concluir que se está diante de (a) uma seita religiosa picareta, ou (b) um grupo de reabilitação para autistas.

Como fui ensinado na base da pancada a não desrespeitar nenhuma religião, mesmo as mais ridículas, sempre achei que o handball fosse um grupo de reabilitação, e tamanha era minha crença, que até hoje me espanto que não apareça alguém no meio do jogo fazendo carinho num cavalo.

Mas é claro que estava errado. E isso se prova não apenas pela ausência de equinos durante as partidas, mas pela única manobra de ataque utilizada: a famosa bolinha embaixo da cumbuca -- no jogo, as cumbucas são substituídas por seres humanos. Ora, se fosse um evento para autistas, nunca haveria gol, saberiam sempre onde está a pelota.

Ou seja, só resta a hipótese de que se trate de uma seita religiosa, e de uma muito da picareta. E seu ataque ser um golpe-do-vigário é apenas a última pá de cal.