O Site Oficial da Copa do Mundo de 2014

quinta-feira, agosto 31, 2006

Canta y no llores

(i) O medo de ganhar tira a vontade de vencer. Time ruim é tudo igual, só muda de japonês... é perceber uma chance real de vitória pra se enervar, fazer um monte de bobagem e entregar a rapadura. Vale pro Fluminense vs. Goiás, vale pra seleção brasileira de croquete.

(ii) Saldão. Falar em ruindade, o Curingão resolveu comprar a peso de ouro umas bijuterias por aí. Nacional a preço de internacional? em dia de queima de estoque? Tá, vou fingir que não vi... Mas no meu tempo, pra livrar de crise, uma boa rezadeira já dava conta do recado.

(iii) Pra atirar pedra. "O time tem uma torcida enorme, e aqui estarei numa ótima vitrine". Eis a declaração de quem chega hoje ao Flamengo. Canta y no llores...

segunda-feira, agosto 28, 2006

David Bowie: de Itaperuca para o Mundo

Pra quem joga tênis desde os dois meses, treinando como um castor japonês, 868 vitórias não são grandes coisas. E as 273 derrotas, então, não vou nem comentar.

Mas se Dedé Agassi (na terminologia de Rolando Lero) não conquistou tudo que poderia, ao menos ele pegou a Brooke Shields pelo caminho -- o que, convenhamos, é mais do que a maioria pode esperar.

Além disso, ainda conseguiu vencer os jogos olímpicos, os quatro grand slams, e ser considerado pelos especialistas a melhor devolução de toda história do tênis -- embora até hoje não tenha me devolvido aquele CD do Van Halen...

Esta semana, porém, tudo termina. Ou talvez na próxima. Mas ficará para sempre em nossas memórias ou DVDs a imagem do carequinha que atirava beijos para a torcida. E que chocou a sociedade ao entrar de branco em Wimbledon. Este último feito é apenas seu. Farewell, Agassi.

sábado, agosto 26, 2006

O País do Voleibol

Nossos dirigentes são os piores do mundo. Enquanto se eternizam no poder, nossos clubes estão falidos, à míngua. E os técnicos são sempre os mesmos, na mesma praça, no mesmo Banco. Porém nossos craques, que vêm e vão, agora só se vão, e cada vez mais cedo -- e ai de quem não participar da panelinha da CBV: vai terminar jogando vôlei de praia até os 50 pra sobreviver.

Não fosse o talento natural do brasileiro, sua força mental, sua persistência infinita, além da corneta do D'Artagnan, jamais teríamos chegado a lugar nenhum! Ok, ok, talvez a um Sul-Americano -- que até pode não ser grandes coisas, mas ganhar da Argentina é sempre alguma coisa...


Facial: o grande momento do esporte

quinta-feira, agosto 24, 2006

As Confusões de Santo Agostinho

(i) "Não se joga com o nome."
Se joga, sim, também. A tradição e a intimidação são fundamentais no futebol. Às vezes mais importantes que treino ou talento. Se for menino, que se chame Tospericagerja.

(ii) "No basquete vence o melhor."
De fato, mas é preciso se lembrar que um jogo de basquete, hoje, é composto por trinta e nove minutos de basquete, e hum minuto de 21. E vence quem for melhor no 21.

(iii) "Fernando Henrique, você está barrado."
Sem dúvida, a maior das confusões de nosso santo. Era um teólogo de mão cheia, mas à beira do gramado, só pra baixo que ajuda. Facilmente, o mais inepto treinador da História do futebol. [mas tudo bem, que ela é recente, e vem muito mais por aí...]

(iv) "Ué, mas Casa dos Comuns não é sinônimo pra bordel?"
Que rola uma putaria por lá, isso não tem questão. Mas o preço é pra lorde ver.

(v) "Este mundo tem suas noites; e não poucas."
Faz sentido. A frase não é de Santo Agostinho.

quarta-feira, agosto 23, 2006

Fora, medalhões!

Sou contra os medalhões na seleção. Não os jogadores, mas a expressão, pejorativa. Que aconteceu a nossos craques, aos nossos jogadores consagrados, nossos astros, estrelas e campeões do mundo? De um tempo pra cá, virou tudo "medalhão".

Acertou cinco embaixadas? Medalhão. Foi visto num churrasco de fim de ano? Medalhão. Mas não pra mim: a imprensa que fique com seus merdalhões; eu quero nossos gênios de volta!

Afinal, de um medalhão não se espera nem pode cobrar coisa nenhuma; vai reclamar de quê? É como no caso dos "estrangeiros", rótulo que tanto se impingiu aos jogadores residentes fora do Brasil. Os idiotas compulsivos da imprensa os pichavam de estrangeiros, e depois queriam sair por aí os culpando por não terem "amor à pátria" -- em caso de derrota, claro.

Se fosse verdade, nada mais justo. Fora com os medalhões.

terça-feira, agosto 22, 2006

CAIXA 2

O céu ganhou um anjo ontem. Quero crer. Já o Caixa D'Água, só Deus sabe onde foi parar.

Dizem os marxistas que virá agora o seu oposto, e blablablá. Não sei. A única lei natural em que ponho fé é a de Murphy, e ferro não faltará. (manteiga, tragam de casa)

Mas o Caixa não foi tão ruim assim, não para o Americano pelo menos, vamos dar um crédito -- só não esperem receber na terça-feira. Ao menos ele defendeu o Estadual, essa tradição centenária, quando os idiotas da objetividade queriam pôr tudo a baixo... E isso de modo totalmente isento, sem nenhum benefício próprio.

Além de me arranjar umas especiais pro último Fla-Flu, com vaga e tudo. Era o cara.

segunda-feira, agosto 21, 2006

A Enciclopédia do Futebol

. . .
- carregar o time nas costas: atribuição do craque ou de um volante qualquer
- 'costa: m.q. encosta (v.t. pega)
- Costa do Marfim: Drogba
- Costa Rica: trocadilho e impotência futebolística centro-americana
- costas dos laterais: por onde o Brasil costumava perder a guerra (v.t. Cafu e meião)
- costas-quentes: substituiu a peneira nas divisões de base
- Alessandro Costacurta: embora pareça mentira, ainda joga no Milan
- Eduardo Costa: ideal futebolístico de Felipão
- Luiz Antônio da Costa / gol de costas: Müller
- Rui Costa: lenda urbana
. . .

domingo, agosto 20, 2006

Bino Maravilha

Obina é a melhor coisa que aconteceu ao futebol carioca desde Cocada.

Após gols consagradores nas últimas partidas, de título inclusive, entrou em campo ontem aclamado pela massa rubro-negra. Mas entrou já na metade da segunda etapa...

Em seu primeiro lance, carrinho sem bola. Amarelo e louvor popular: "Obina, Obina!" Em sua segunda jogada, simulação de pênalti. Escandalosa; atuação do nível de Cidade de Deus; quase que arremessando o zagueiro adversário pra fora do campo. Vermelho e risada, ovação geral do estádio.

E minha! O Flamengo tem a obrigação de renovar o contrato com Obina por pelo menos dez anos, este rapaz é fantástico! Pertence a uma rara classe de futebolistas: da estirpe de um Fio Maravilha, de um Júnior Baiano... São os jogadores folclóricos por definição. Daqueles que alternam gênio e jerico com autoridade assombrosa; com que desenvoltura... De quem se pode esperar tudo, sempre, menos o normal.

Obina é muito bão. Eto'obina, seleção.

sábado, agosto 19, 2006

O Maior Espetáculo da Terra

Era um espetáculo enorme...

Mas digam o que disserem, o basquete continua o maior esporte do mundo. Pelo menos em estatura. E por isso é dominado pelo maior país do mundo: a Rússia. Seguida por Canadá, China, Estados Unidos, Brasil e Austrália... e se em vez de área vocês preferirem população, o Brasil continua em quinto. Triste nosso destino manifesto no basquete. Porém mais triste é que nem quinto fazemos ultimamente. Só se for quinto de seis na primeira fase.

De qualquer modo, o importante é que outro mundial se inicia, e mais uma vez a hegemonia americana será testada. Que sejam o país mais tradicional, mais dopado e com maior número de jogadores, todo mundo sabe. Mas será o bastante?

Se um dia bastaram os amadores, nas últimas olimpíadas e mundiais, o mixtão de profissionais foi fria. Se o mixto quente pagar chacota, só restará o retorno do Dream Team para salvar o dia em Pequim -- ou Beijin, caso você freqüente os postos Ypiranga regularmente...

sexta-feira, agosto 18, 2006

The Second Coming

Ronaldinho Gaúcho está chegando para vingar a nação tricolor. E não é que eu queira me gabar, mas os vaticínios do papai aqui são tiro e queda. Oxalá oxum dendê, oxossí não sei o quê.

Mas a final... Expulsão por erguer a camisa? De um jogador da casa? E dos importantes? Isso não é Libertadores da América. Isso é fausto. É como esses planetas novos malucos que estão criando por aí: uma vergonha. E nem pra ser altinha e saradinha. Não tarda, inventam de proibir soco no ar por incitação à violência. Ê, limonada.

quinta-feira, agosto 17, 2006

A Luta Continua

Briga entre fãs é das cousas mais tediosas. Mas pra quê?

Piquet sempre foi um sujeito malandro, bon-vivant, e um grande campeão.

Já o Senna foi apenas um grande campeão.

quarta-feira, agosto 16, 2006

Enquanto Isso na Casa de Noca...

Começa mal a Era Dunga. Já não convocara os melhores, nem para se apresentar. E agora elege capitão ninguém menos que Lúcio, aquele rapaz impetuoso que foi driblado a torto e direito durante a Copa -- e agora se sentirá ainda mais no dever de perder a bola e distribuir pontapés.

Imagino que o critério de escolha tenha sido puramente intelectual. "Eu cabeceei o Bebeto e fui um grande capitão. Se muito mais cedo o Lúcio já cabeceava o Róger, será o maior de todos os tempos".

Pra não dizer que não falamos de flores, porém, o capita e apelido de capeta já fez três gols, importantíssimos, pelo escrete. Contra Hong Kong, Venezuela e Lucerna. Aê, campeão.

segunda-feira, agosto 14, 2006

Seleção Brasileira de Joquempô Artístico

Após a convocação do dumbo, o desabafo nonsense do quico, a desinteligência do Bestas Sevilla e mais 361 etc, é preciso mudar de assunto. Basta de futebol. Aliás, basta de esportes. Pelo menos dos reconhecidos. Pois muitos e louváveis são os proscritos do COI -- mas também não chegarei ao ponto de pedir que os concursos de dança do Faustão se tornem modalidades olímpicas...

Porém o tempo passa, o tempo voa, e continuo achando que não apenas há eventos sobrando nas Olimpíadas, como lhes faltam alguns dos vitais -- turfe, dança das cadeiras, cabo-de-guerra, arremesso de mascote, boxe, isso pra dizer o mínimo.

Minto: não mencionei um e o mais importante: tourada. Opa, tourada, não: PlayStation. E creio já termos passado da época de discutir se playstation é ou não esporte -- se tiro etc etc... A questão que se põe hoje é outra: será o maior dos esportes? Ok, tem o playstation 2, mas acho que vocês entenderam o ponto.

Eu acho que é. E lamento que se diminua às vezes imitando a realidade.


conheçam nossos futuros heróis olímpicos

sábado, agosto 12, 2006

Imparcialidade é tudo

sexta-feira, agosto 11, 2006

O Carrasco da Libertadores

Não vale a pena esperar até quarta que vem pra falar da Libertadores, pois ela já acabou. E o nome do assassino é Jorge Larrionda. Em todos esses anos nesta indústria vital, nunca vi arbitragem tão vergonhosa quando a desse senhor. Um ultraje! Uma afronta! Um crime!

Ou por acaso ele não sabe que cotovelada em Libertadores, pro time da casa, vale? Hein, hein? E ele ainda se diz uruguaio. Pois não passa de um cordeirinho da FIFA... Expulsar um jogador essencial do clube mandante aos 10 minutos, onde já se viu? Não na Libertadores.

Claro que o Intermunicipal é um bambala, e se Granja voltar será canja de galinha pro tricolor... mas algo se perdeu na última quarta-feira. A velha Libertadores, truculenta, aguerrida, parece se esvair. Ainda que O Bem-Amado vença, não será a mesma coisa. Mudem o nome para Copa Toyota de uma vez. Só isso. A Libertadores acabou.

segunda-feira, agosto 07, 2006

Grandes Momentos do Futebol

Assistimos este domingo a mais um momento mágico da arbitragem brasileira. Com já tudo preparado, Rodrigo Martins Cintra, por algum capricho místico, impediu que o Vasco da Gama cobrasse uma falta próxima à área. "Não houve tempo". Mas houve tempo para que, após o final do jogo, expulsasse Andrade por reclamação. Apito: desde 40 minutos antes do nada o grande momento do nosso futebol.

domingo, agosto 06, 2006

Mudanças na Seleção Brasileira


saem os estrangeiros; entram as estrangeiras

Dunga já mostrou a que veio: pra pagar chacota em comerciais de tevê. Além disso, craro está, domina todos os fundamentos do modern coaching: disse que precisamos marcar mais, que os jogadores voltarão a dividir quartos, e convocou uma cambada de moleques inexpressivos.

Sobre o último ponto, a imprensa se dividiu entre: "precisa renovar" e "os estrangeiros estão fora de forma". Tudo besteiragem. Se a renovação é essa aí, melhor ficar com os velhinhos. E se o Brasil tivesse vencido a Copa, o escrete jogaria bem e feliz da vida esse amistoso, do 1 ao 24.

Mas falar em velhinhos e mudança, como hoje é dia de GP Brasil, vale a lembrança: Josta Ricardo foi-se embora pra Argentina, a fim de não bater o recorde mundial (Baze já está em sua cola, cerca de 5 vitórias atrás). Mas hoje ele está na Gávea. Não pra vencer, mas pra perder mais uma vez a prova mais importante do turfe nacional. Ê, limonada.

sábado, agosto 05, 2006

Carne-Assada

Que o São Paulo derrotará o Intermunicipal na final da Libertoyota das Américas é uma dessas verdades matemáticas que bêbado nenhum duvida -- e muito menos eu. A única questão é por quanto.

Não sei, mas aposto em sapeca-iaiá. É uma diferença de tradição tão gritante, que, como diria o João Ubaldo, "no tempo do Santos de Pelé ou da Hungria de Puskas, era um óbvio caso para 9 a 0, no mínimo".

Como sou do tempo do 4 a 1, aposto nisso como limite inferior para a soma de resultados. Embora saiba que vivamos em tempos sombrios, em que se admitam manchetes assim formadas: "Lyon começa defesa de seu título com goleada no Nantes (3-1), com gol de Fred".

Parabéns ao Fred, mas Nantes é caso para hat-trick. E se 3 a 1 virou goleada, parei. Fátima Bernardes pra técnico da seleção.

sexta-feira, agosto 04, 2006

2004, Rio do Candidato

Eu queria falar sobre natação em piscina de 2m, cujo campeão mundial é meu amigo de infância, mas temo que este seja um blog sério. Quase tão sério quanto posts sobre a influência do cobertor quadrado na marginalidade ou candidaturas olímpicas do Rio de Janeiro.

Ah, o Rio. Sempre que a cidade magavilhosa se candidata, compro todos os adereços possíveis no camelô mais próximo. E nem pechincho, que é alegria demais pra um só coração.

Coisas que não entendo: por que se candidatar se não vai ganhar nunca? Quer desviar dinheiro, seja mais discreto. Além disso, se é pra perder, se candidata logo às olimpíadas de inverno. Pelo menos a TV não vai torrar o saco nos informando (novidade) que somos um país pobre e sem infra-estrutura...

Por essa e por outras (cinco garrafas), apóio incondicionalmente o Rio 2012. Porque pimenta no curling dos outros é refresco. E porque numa era de terrível aquecimento global, não demora só poderão sediar essa josta na Antártida. Ou no frigorífico que levou Rocky Balboa ao estrelado mundial.


Brasil no Guinness

quinta-feira, agosto 03, 2006

Grandes Legendas do Esporte


Moisés prepara sua raia