Os piores esportes da tevê
Golfe: primo rico da sinuca, porém com jogadores tão bem vestidos quanto. Popular entre ricaços e pessoas da moleza idade. Por que seja considerado esporte é mistério maior que a construção das pirâmides ou a santíssima trindade -- os praticantes não se dão sequer ao trabalho de caminhar. A versão infantil inclui riachinhos e cataventos.
Pôquer: carteado high-society. Pertence à mesma categoria desportiva do anterior, mas com a desvantagem dos atletas se considerarem malandros, e de exibirem frequentemente partidas entre celebridades da tevê.
Luta-livre: vale-tudo em que é proibido bater de verdade; sobre o teatro, guarda a vantagem de não ter falas. Seus praticantes são homens de meia-idade, que fazem coreografias em maiôs ridículos, sobre um ringue cheio de molas -- e é natural que sejam por isso endeusados. A luta termina quando um deles retira a cadeira debaixo do tablado e acerta seu adversário pelas costas. O árbitro, geralmente cego ou mal intencionado, representa a injustiça da vida.
Fórmula 1: corrida entre carros que consagra os passageiros, e na qual são ilegais as ultrapassagens. A categoria, conhecida como circo, envolve milhões de dólares anualmente -- e severas mudanças de regulamento, para que os investimentos não sirvam pra nada. Apesar disso, a importância do piloto tem se reduzido a olhos vistos, e tanto, que hoje sua função principal é emagrecer em relação ao início da temporada. Só vale pelas garotas no paddock. Entre máquinas, prefiram o combate de robôs, que é mais castiço, e ainda conserva a possibilidade de ver explosões, fogo, peças indo pelos ares.
Futebol: "vinte e dois idiotas correndo num gramado, com o QI estampado nas costas". O esporte mais popular do mundo só poderia ser o mais estúpido, no qual os campeonatos fazem tudo, menos cumprir sua função -- definir a melhor equipe. Mais imbecil que a lei do impedimento são as torcidas organizadas, compostas por qualquer um que não saiba soletrar o nome de seu time, mas esteja disposto a morrer por ele nas arquibancadas.
Pôquer: carteado high-society. Pertence à mesma categoria desportiva do anterior, mas com a desvantagem dos atletas se considerarem malandros, e de exibirem frequentemente partidas entre celebridades da tevê.
Luta-livre: vale-tudo em que é proibido bater de verdade; sobre o teatro, guarda a vantagem de não ter falas. Seus praticantes são homens de meia-idade, que fazem coreografias em maiôs ridículos, sobre um ringue cheio de molas -- e é natural que sejam por isso endeusados. A luta termina quando um deles retira a cadeira debaixo do tablado e acerta seu adversário pelas costas. O árbitro, geralmente cego ou mal intencionado, representa a injustiça da vida.
Fórmula 1: corrida entre carros que consagra os passageiros, e na qual são ilegais as ultrapassagens. A categoria, conhecida como circo, envolve milhões de dólares anualmente -- e severas mudanças de regulamento, para que os investimentos não sirvam pra nada. Apesar disso, a importância do piloto tem se reduzido a olhos vistos, e tanto, que hoje sua função principal é emagrecer em relação ao início da temporada. Só vale pelas garotas no paddock. Entre máquinas, prefiram o combate de robôs, que é mais castiço, e ainda conserva a possibilidade de ver explosões, fogo, peças indo pelos ares.
Futebol: "vinte e dois idiotas correndo num gramado, com o QI estampado nas costas". O esporte mais popular do mundo só poderia ser o mais estúpido, no qual os campeonatos fazem tudo, menos cumprir sua função -- definir a melhor equipe. Mais imbecil que a lei do impedimento são as torcidas organizadas, compostas por qualquer um que não saiba soletrar o nome de seu time, mas esteja disposto a morrer por ele nas arquibancadas.
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