O Site Oficial da Copa do Mundo de 2014

sexta-feira, junho 30, 2006

Que Bonito Era

Claro que o jogo contra a França não é de vingança, longe disso... mas se não ganhar de pelo menos quatro eu não fico satisfeito.

Cafu, todavia, que não era nem nascido em 98, insiste em diminuir a ocasião... Ora, se a partida que pode aposentar nosso velho algoz, com os protagonistas da época e os pretendentes à coroa de hoje, numa reta final de Copa do Mundo, não for vingança, o que vai ser então?

Mas explica-se: o capitão quer diminuir o impacto de uma possível derrota. Mas quem diminui as derrotas, além de não as tomar por lição, diminui também as vitórias. 4 a 1 é o que desejo.

E show de Ronaldinho. Até porque se ele passar a jogar futebol o hexa é quase certo -- ninguem está jogando nada. Porém há uma outra razão: no passado a Copa teve algumas injustiças, nem sempre o melhor levou o caneco. Mas os grandes craques (Leônidas, Puskas, Cruijff, Zico) sempre se destacaram, reservando seu espaço na eternidade...

Mas não nesta copa. Até aqui, os craques não jogaram. E se do duelo entre Henry e Ronaldinho não virar nada, deitemos uma pá de cal sobre a Copa.

Injusta sempre foi. E cada vez mais burocrática, de nível técnico mais raso, incapaz de mostrar o futebol como é que é. Vai se tornar inútil até para determinar novos valores, provar quem seja craque ou não? Aí pode jogar a toalha.

Acabar a Copa não acaba, mas deixa de ser a Supercopa, de ser O palco. Frente a uma Champions League, torna-se secundária. Sábado é o Dia D da Copa, haja ou não futebol. Ou será que os craques de Arsenal e Barcelona eram tudirruim e ninguém sabia?

quinta-feira, junho 29, 2006

Cruyff Explica

"Durante Holanda vs. Portugal, o nome de Rita Verdonk passou-me pela cabeça. Não quero dizer que a ministra é culpada pela eliminação da Holanda, mas tem seguramente responsabilidade", assina Cruyff no Telegraaf, referindo-se à recusa da ministra do Interior em acelerar o processo de naturalização de Salomon Kalou -- jogador de origem marfinense. "A Holanda ficou sem alternativas e Kalou teria dado muito jeito (...) Um ministro deve servir ao interesse do país e isso não aconteceu".

quarta-feira, junho 28, 2006

A Convulsão do Escrete

Pro caralho todos esses recordes fuinhas. Nem toda cerveja do mundo (algo assim em torno de vinte reais) será capaz de aplacar minha ira contra Kaká e Ronaldinho Gaúcho.

Ok, chutões zarolhos do Dida, Brasil jogando mal sob marcação-pressão ou mais avançada, isso a gente já sabe -- felizmente, nossos adversários não. Mas não justifica a dupla, que teve ontem sua pior partida pela Seleção. Muito mal: em vez de epifanias, erros simples, erros crassos. E o pior é que sem eles não vai rolar a festa...

Precisa repetir que não dá certo apenas os dois na meia? Que vai um pra cada canto, que tem de haver mais um por lá para dar samba? Com quadrado (4-2-2-2) ou pinheirinho (4-3-2-1), dificilmente funciona. É 4-2-3-1, 4-1-3-2, 4-2-(2+1)-1, 3-2-3-2, 3-3-3-1, 4-3-3, sei lá. O importante é que o terceiro número da conta seja três, vide Santa Granada de Mão de Antioch.

Recordemos a famosa passagem bíblica: "E agradeceram a Deus pela Santa Granada de Mão e por Sua misericórdia. E o Senhor sorriu, e o povo comemorou com cordeiros e bichos-preguiça, e anchovas, e orangotangos, e com sucrilhos e morcegos frutíferos..."


adversário temível pela frente

terça-feira, junho 27, 2006

Brasil Escola


Domingos da Guia, o Divino Mestre: técnica insuperável

segunda-feira, junho 26, 2006

Melhor É Impossível

Suíça e Ucrânia apresentaram esta noite o mais emocionante espetáculo da Copa. E é fácil prová-lo, pois se trata da única disputa por pênaltis.

A Suíça, gigante, sai com a melhor defesa da história dos mundiais. A Ucrânia, fênix quadricaída e renascida, mostra que não é só Shevchenko -- pelo menos na cobrança de penais.

E que disputa! Quase 50% dos pênaltis foram convertidos... Que jogo, meus caros, que jogo! Mal posso esperar as quartas-de-final contra a Itália. Jogo duro: nem o princípio da incerteza salva.

Os Magos das Copas


Guus Ridikko prepara mais uma manobra genial

domingo, junho 25, 2006

Joga Bonito

sábado, junho 24, 2006

Ou Tudo, Ou Nada

Se um time diz que nada tem a perder, é batata: tem tudo.

Um sonho de infância, um contrato, às vezes a vida. E porque estão se borrando de medo, corroídos de nervosismo, tentam desesperadamente passar algo disso para o adversário -- que, rindo-se por dentro, afirma respeitar muito o adversário.

Melhor do mundo, campeão, multimilionário, quem nada tem a perder é Ronaldinho. Salvo por pensões ocasionais, aqui e ali, que ninguém é de ferro.

sexta-feira, junho 23, 2006

Santa Ingenuidade, Batman

Na Copa do Mundo, quando um time claramente inferiorizado começa a baixar o sarrafo, baixa o sociólogo de botequim no comentarista.

Em vez de dizer o óbvio, justificam a pancadaria com teses sobre bons selvagens ou multiculturalismo. Afirmam que não há maldade; reafirmam, juram de pé, só faltam rodar a baiana.

Ingenuidade, sei. É da cultura? tô sabendo... Santa ignorância.

quinta-feira, junho 22, 2006

The Man of The Match

Ricardinho: acabou com o jogo.
Destaco também o Cafu: parecia outro jogador.
Ronaldo? nunca vi mais gordo...

Recorde mesmo foi o do croata Šimunić, que recebeu três cartões amarelos na partida contra a Austrália. Jogaço. Nem o árbitro conseguiu prestar atenção.

quarta-feira, junho 21, 2006

Miami Vice

É com pesar e dívidas de jogo que informo a impossibilidade do trocadilho. Os Heats conquistaram seu primeiro campeonato, pelas mãos do Satânico Doutor Shaq-Fu. Alguns pobres tontos dirão também de Dwyane Wade. A estes direi apenas: Shaqattack. Shaq Shaq ShaqAttack!


2002 - ao lado de Kobe Bryant em excursão pela europa

segunda-feira, junho 19, 2006

O Dia em que o Tesão Venceu a Alegria

Tesão, Alegria, Élan: a explicação vareia de geração para geração, mas o simplismo continua o mesmo -- menores detalhes, brevemente, em O Globo.

Quanto a mim, preciso citar Nelson Rodrigues, quando indagado se João Saldanha possuía as qualidades necessárias ao cargo de técnico da seleção: "Não sei se tem as qualidades. Mas afirmo que tem todos os defeitos necessários."

O escrete tem algumas virtudes, mas lhe faltam todos os vícios essenciais.

domingo, junho 18, 2006

O Dia em que Perdemos a Copa

Valeu pelo gol do Fred, e sua comemoração, mas um gol não vale uma copa. Liáis, o gol do Adriano não valeu nem pela coreografeia... além de plagiada, mal ensaiada; pior só o zagueiroo que permitiu ao imperador realizar sua única jogada. Mas o escrete...

Que o time já acusara os golpes, vimos no primeiro minuto: a canelada de Ronaldo, o passe errado de Ronaldinho -- nossos excepcionais. Depois piorou, de furada a cair de bunda no chão. E a FIFA coroou nossa desgraça ao eleger Zé Roberto o homem do jogo, ofertando-lhe simbólica caneca de prata.

Zé Robertson, minha gente, não engana mais nem cego. Só europeu. Defender bem contra a Austrália, um time sem uma jogada de ataque, sem um jogador mediano, até o saci pererê, sem barrete, fumando cachimbo, e com uma perna só. Vantagem nenhuma tomar a bola de quem trava com ela uma luta corporal, e quase que agradece pelo furto, ainda que atrasado. Agora, criar que é bom...

Pra variar, Zé Roberto não criou nada - nem contra a Austrália! -, é o ponto cego do meio-campo. O que, além de por si só ser ruim, atrapalha a junção do futebol de Ronaldinho e de Kaká -- novamente o melhor em campo (enquanto teve fôlego), embora sem fazer grandes coisas, apenas provando o quanto está baixa nossa bolinha.

Meus caros, a situação é tão ruim que não dá gosto falar. Será difícil nos recuperarmos. Agora só nos resta fazer promessas e esperar. Além de cantar:

Ah, Sai da Frente! Sai que o Brasil é Chapa Quente!

sábado, junho 17, 2006

A Última do Fenômeno

sexta-feira, junho 16, 2006

Assim Garrincha a Humanidade

(i) Começou. Agora que a Argentina meteu um pneu no time do Pet errado, acho que não escutaremos mais sobre o futebol moderno da Espanha, ou a soberba apresentação da República Tcheca.

(ii) Star Wars IV. Não tenho esperanças, claro, quanto às reportagens sobre a evolução do futebol australiano, que se alternam com outras sobre a violência do mesmo... Austrália é lixão, pra ganhar de sete -- a Croácia era pra cinco --; se não conseguir, mérito nenhum do adversário, é problema com o seu time.

(iii) Não é tudo, mas é 100%. Em 1970, o Brasil começou e terminou com 4 a 1. Sapeca-iaiá clássico. E matava todos os adversários no segundo tempo. Hoje vêm com essa conversa fiada sobre preparo físico, sobre crescer durante a competição, e blablablá. Tudo desculpa antecipada.

(iv) Que a vida vai melhorar. Nossas estréias costumam ser melhores que o restante da campanha. Em média de pontos, de gols marcados, em gols sofridos. Mas pior não dá pra ficar. Se-rá?

(v) Não é mecânica: essa laranja é carruagem de abóbora. Ao contrário da Costa do Marfim, o futebolzinho da Holanda é um chute nos países baixos. Podia classificar a Argentina B.

(vi) Na canela. According to Ladrilheiro, uma passagem do velho nostradamus já profetizava a tragédia azteca diante do selecionado angolano. Alínea 666: "Morena d'Angola que leva o chocalho amarrado na canela / Será que ela mexe o chocalho / Ou chocalho que Mexico ela"

(vii) A Verdade Sobre Ronaldo: Tontura, enjôo, excesso de peso... O Fenômeno está grávida.

quinta-feira, junho 15, 2006

Higiene Não Traz Felicidade

Nem títulos. Mas depois da péssima exibição do escrete, acho que vou trocar de cueca no segundo jogo. Amanhã mesmo vou nas americanas comprar uma na cor "celeste olímpica" para dar sorte. The world is changing: I can feel it in the water. And I smell it in the air.

Sim, sei que superstições são meio ridículas, mas o mundo também o é. Ou por que os atletas continuariam a praticar exercícios presos a um elástico? Tão ridículo, tão antigo...

Por isso indago: promessas são ridículas? Então longa vida ao "cartão de crédito divino". E afirmo: se o Brasil for campeão contra a Argentina, ficarei 4 anos sem cortar o cabelo.

Nada impede, é claro, que um barbeiro corte por mim. (só espero não acordar num universo em que o presidente Lula faça parte do time de comentaristas da Globo)

quarta-feira, junho 14, 2006

Valeu pelos 3 pontos

terça-feira, junho 13, 2006

Enquanto isso no Show do Intervalo

"Prevalece a maior experiência da seleção do Togo." (Seu Nonô)

Always on my Mind

BOMB #20: In other words, all that I really know about the outside universe is relayed to me through my electrical connections.
DOOLITTLE: Exactly.
BOMB #20: Why, that would mean... I really don't know what the outside universe is like at all, for certain.
DOOLITTLE: That's it.
BOMB #20: Intriguing. I wish I had more time to discuss this matter.
DOOLITTLE: Why don't you have more time?
BOMB #20: Because I must detonate in seventy-five seconds.

Se o escrete não vencer por pelo menos quatro ou cinco, creditarei a tragédia às agências de desinformação. Embora imagine que o mundo real seja bem pobrinho mesmo, assim como a união entre meio e ataque.

Mas pelo menos um título já asseguramos: o de pior arbitragem do mundo. Além de nossos bandeirinhas errarem vários impedimentos decisivos, Carlos Eujënho Simon não deu pênaltis, deixou de expulsar, fez sinal com dedinho, só faltou se rebolar todo. Com sorte, na próxima estabeleceremos novos padrões de qualidade e conduta.

E isso é isso. No mais, se presidisse a FIFA, distribuiria as vagas da Copa assim:
Ásia e Oceania: 0
América do Norte: 0
Europa: 1
África: reforçaria a seleção da união européia
América do Sul: o Brasil e um escrete hispânico

segunda-feira, junho 12, 2006

Tempo de Treinar

A maior falácia do futebol é a falta de tempo para treinar. É a desculpa perfeita: competência, todos têm, o que falta é tempo. E jogariam pra frente, porém "não tive tempo, por isso foi melhor apostar num esquema mais conservador"...

Parreira, por exemplo, está com o escrete há quatro anos, mas chora a falta de tempo. Teve copa de confederações, copa américa, copa nike, eliminatórias, amistoso, belicoso, caça-níquel, teve tudo: só não teve tempo.

Agora, tendo mais um mês com a seleção, o que faz? Aplica três quartos dos treinamentos em partidas soçaite e rodas de bobo. E quando (raro) faz um coletivo, escala o time mal.

Treinar pra quê?

Se eu já sei o que fazer...

domingo, junho 11, 2006

Barão de Coubertin


"O importante é compelir"

Não foi dessa vez que Federer completou o Grand Slam, e nem nunca será, mas há coisas mais importantes que a vitória... Quatro vitórias seguidas por exemplo.

1a. Rodada

Empunhando um relógio mais pesado que a taça, Pelé abriu esta Copa, que teve por ápice Dadá Maravilha gingando de terno grená. Mas dizem que a final também vai emocionar um pouco.

ALE 4x2 CRC. Fantástica a Copa, já temos a melhor média de gols da história. Mas num jogo em que Klose faz 2 com as patas, a única coisa a se destacar é a chuteira apertada de Lehmão -- sob medida? Mas anotem este nome: Porras. Nome e comentário.

POL 0x2 EQU. O governo alemão gastou quaquilhões na reforma do estádio apenas para dar um efeito de contraste com o "espetáculo". Ou vai ver encanou gás no vestiário.

GAM 1x0 PAR. Carlos Gamarra, o de agonia eterna, foi destaque na vitória inglesa. Pelo plástico gol contra, e pela ausência dos outros plaiers.

TRI 0x0 SUE. Pra quem assistiu pela janela tática da Sportv, 0x0 foi placar justíssimo, pois é impossível ver os jogadores ou a bola. A massa ignara me informara que a seleção trinitina era mais fraca: pelo contrário, bateu como poucas. Até o apitador levou uma banda. Mas a Suécia... os suecos são perdedores natos e hereditários. É tudo uma questão de sufixos: se em vez de Ronaldinho, chamasse Ronaldbergsson, nosso craque imediatamente começaria a furar ou chutar pra fora do estádio. Suécia é tudibom, amarelona neles.

ARG 2x1 CMA. Argentina na cabeça -- literalmente --, apesar dos africanos molharem a camisa -- idem. Sobre Joselito Pekerman: ê, eeê, tem um viado querendo aparecer...

SMG 0x1 HOL. Bate mal e Robben.
MEX 3x1 IRA. Ficha técnica: ganhamos como nunca, jogamos como sempre.
ANG 0xn POR. Em terra de colônia, quem tem perfume é de nau.

Ok, vou parar por aqui. Com 492 times, a primeira fase fica mais fraca que um Pixote sem latinha de espinafre. Até agora, apenas hum jogo razoável, e olhe lá -- a Costa do Marfim com erros grosseiros, e uma Argentina covarde até dizer "gol do Barcelona". Voltaremos na segunda fase, fiquem com as profecias.

Grupo E: Atentado covarde contra os americanos -- mas só se Buffunfa estiver perdendo na bolsa
Grupo F: O japão tem todos os defeitos brasileiros, e nenhuma de suas virtudes.
Grupo G: Jogando apenas a 30% (pois só três ali sabem jogar), os comedores de croissant ficarão em primeiro. O resto é tão ruim, que a segunda vaga será doada ao melhor terceiro colocado.
E por fim, o admirável grupo H:

sexta-feira, junho 09, 2006

As Questões da Copa

Toda copa traz consigo respostas e indagações. Algumas maiores, outras menores.

Quem será o campeão, embora emocionante, é questão menor. Porque o escrete é realmente superior. De um modo como nunca vi. Tem alguns craques, e grandes jogadores aos borbotões. Se o time estará organizado, se um imprevisto impedirá a conquista, são problemas menores.

As grandes questões são:
(i) Ronaldinho é o grande gênio que pintam?
(ii) Henry é melhor que Pelé?

Sobre a questão (i), a medida da genialidade de Ronaldinho, muito já se falou. Então me concentro na (ii), que parecerá absurda à primeira vista.

Mas não é. Henry é um jogador muito mais parecido com Pelé do que Ronaldinho ou Maradona. Ambos são artilheiros, atacantes sem serem centroavantes (pontas-de-lança), e completos. Além dos melhores e mais decisivos de seus tempos.

A completude de Pelé, volto ao ponto. Sempre que se fala do Pelé, diz-se que era completo. E isso não significa apenas ser bom, mas muito bom em todos os atributos. Mas é só isso? Dadá cabeceava melhor, Garrincha era mais driblador, Coutinho era mais eficiente na área etc etc. Será que não era o melhor em nada?

Era. Pelé não é só o Rei: foi o rei do ritmo. Ninguém alterava o ritmo, a velocidade e a direção de uma jogada, como Pelé. Foi para a finta o que Garrincha era pro drible. Não era só "completo". Era criativo, e tinha um domínio de bola e da situação como ninguém.

De modo que tornamos a Henry. Excepcional finalizador, passador, cobra faltas e desarma de modo magnífico etc. Será o melhor em alguma coisa? Bem, tão rápido quanto técnico, hoje ninguém tem o domínio de bola e a capacidade de passar pelo adversário, no mano-a-mano, como ele.

É tão criativo como Pelé? Não parece, talvez "mais completo". Passa pelos adversários com a simplicidade de um Garrincha? Sim, embora sem a mesma graça, porém com uma incomparável elegância. Que é Henry? Ainda se fazem craques como antigamente? Isso é o que a Copa responderá.

Se não, que pelo menos responda:
- Vai ter virada em 2x0?
- Ronaldo está envelhecendo bem?
- Tradição ou desnivelamento por baixo?
- A seleção anfitriã finalmente perderá na estréia?
- Lançarão bonecos do Ronaldinho que girem a mão à hang-loose?
- O troféu Me Engana Que Eu Gosto ficará com Renato Maurício Prado ou a Sportv?
- Lula bebe demais?
- E finalmente: Ken está na primeira base?

quinta-feira, junho 08, 2006

De Volta Para o Passado

A Surpresa da Copa seria algum time jogar bem. Já sobre as festividades não guardo esperança alguma: é o tipo de coisa que faz até o Misha chorar -- e olha que a dele nem foi tão ruim.

"Quem vive de passado é Ronaldo" (Misha, urso e chaveirinho)

Ah, o passado. Período em que o principal assunto sobre a cobertura da imprensa não eram as diferenças na cobertura da imprensa... quando ao mudar de patrocinador, o Pelé simplesmente passava uma demão de tinta na chuteira... e o treinador não conseguia, ao mesmo tempo, borrar-se de medo das bolas paradas e não escalar o melhor cobrador de faltas do mundo. Sim, no passado até nossa tristeza era mais bela...

O GP da Holanda de 73, quem viu certamente se recorda de Roger Williamson desmaiado após ignorar uma curva, de quando seu carro começou a embrasar lentamente. E apenas um outro piloto parou para ajudá-lo. Em vão? Não conseguiu libertar o amigo, a fumaça aumentava, e os bombeiros não chegavam. Não chegavam porque, de uma torre longínqua, o diretor da prova avistara um piloto caminhando normalmente, e concluíra que o acidentado já saíra do carro...

Só o amor destrói, é o que digo, e por isso que mais emocionante que a violência de outrora, só o amor... Nada é mais amor que Jesus Cristo, e portanto não espanta que os anos dourados do nepotismo coincidam com os dos grandes Papas. Nepot, todos sabem, significa sobrinho; e os papa-tudos de outrora, que viviam arrando sobrinhos aqui e ali, depois tinham de arranjar também uma ocupação pra gurizada.

Nepotismo de verdade, hoje, só na Iugoslávia. Traumatizado por inúmeras separações, o ex-país sabe que precisa apelar às tradições para não ser reduzido a um grupo de vilas. E por isso apela à célula-mater da sociedade: a família. Ou foi o que fizeram os treinadores da Croácia e da ex-Sérvia & Montenegro. Não demora, o pessoal vai sair na porrada.


Cristianismo, Amor e Família

Desvio de Atenção

Há somente uma coisa triste na Copa: que após um mês sem se aborrecer (revoltar, indignar, ultrajar, babar etc) com os problemas insolúveis da nação, o pessoal não perceba o quanto isso é inútil -- alguns continuam até a votar.

Mas minto: triste mesmo é perder nos pênaltis. Ou ter de provar o teorema de Fermat.

Já a ultrapassagem que Jóquei Ricardo sofrerá, próximo ao disco final, na luta pelo recorde de vitórias foi antevista por este blog há seis mil anos. Apenas tédio engendra.

quarta-feira, junho 07, 2006

Salta Sobre a Arquibancada e Tomba de Nariz

Não é difícil explicar por quê o interesse do brasileiro pelo basquete se enterra mais a cada ano -- e a tal ponto, que já parece difícil exumar o cadáver...

Pra começar, o quadrado mágico: Jordan, Oscar*, Hortência e Paula. A aposentadoria destes jogadores não teve qualquer tipo de compensação. Pelo contrário: a NBA só faz perder sua magia (sem falar da funcionalidade do site), a seleção masculina passa vergonha até contra Angola, e a feminina nunca mais deu gás.

(*) maior camisa 14 da história: melhor que Cruijff, Henry e Ânderson Polga juntos.

E se a seleção vai mal, os clubes então... mudam a cada ano: de patrocínio, de nome, de cidade, agora até de liga. Só não muda a qualidade, ou por outra: muda pra pior. Os talentos, escassos, vão-se embora rápido, e não ganhamos mais coisa nenhuma.

Ganhamos cada vez mais é no vôlei. Que glória após glória afunda e substitui o basquete. Olha o público, cansado de esperar, o espetáculo não pode parar...

terça-feira, junho 06, 2006

Os Vendilhões do Templo

Basta pisar em solo estrangeiro, para que o brasileiro sinta-se esmagado por seu subdesenvolvimento, e, como legítimo subdesenvolvido, comece a querer copiar justamente o que houver de pior.

Exemplifico: o futebol é a nossa religião, e o estádio seu templo. Na Suíça, esta potência futebolística européia e mundial, o estádio fica num shopping center (sendo-lhe um mero acessório, como um cinema, um mc donald's ou uma loja da kopenhagen), Logo é mister transformar todos os nossos estádios em shopping centers.

Qual a lógica disso? "Ah, é assim que fazem em país desenvolvido".

Caro, subdesenvolvidos são eles, estão dois mil anos atrasados. Basta ler a bíblia: estádio é pra vender camisa, DVD, cerveja, cachorro-quente, mate, remédio pro coração. Além de vagas em estacionamento a preços extorsivos. Ou seja: apenas o necessário para se melhor assistir ao espetáculo. O resto é profanação.

Diminuir a importância do estádio de futebol é diminuir o futebol. E isso está errado, ele tem de se manter por si mesmo. Mas o pessoal acha legal transformar os templos em supermercados... E depois ainda elogiam na mesa de bar o Barcelona por não vender sua alma / manto sagrado...

Façamos do Maracanã nossa Meca. Quem adora o futebol, tem de peregrinar até o estádio pelo menos uma vez na vida. De preferência, em dia de Fla-Flu.

segunda-feira, junho 05, 2006

A Soma de Todos os Medos


Mito, Pastelão e Hierarquia na Seleção Brasileira

domingo, junho 04, 2006

Tchuplec, Tchuplim / Eu Vi Uma Bolhinha / Tchuplec, Tchuplim...

Confrontado com as boas atuações de Robinho e Juninho, Parreira disse que estava olhando pro outro lado na hora -- i.e.: pra defesa. E ainda deu a entender que sua desatenção se devia ao chulé do Fenômeno...

Mas garantiu que o amistoso contra a Nova Zelândia, time em que nem o Jaca Paladium acredita, foi proveitosíssimo. Por causa do bandeirinha. O assistente, já contratado pela CBF, será nosso maior reforço pra Copa. Com ele do nosso lado, não há triângulo das bermudas que nos afunde.

Viva bandeirinha. Viva World Cup. E viva Kaká, que brilha tanto quanto o Ronaldinho de 2002 nos jogos-treinos. Agora só falta ser expulso gratuitamente. Desde 90 o campeão precisa avermelhar grosseiramente antes da glória. Que o talento não lhe suba à cabeça -- e muito menos a brilhantina.

Movimente os Dois Pés, Gire por Favor

Comentarista geralmente prefere a morte ao palpite. Eu, não: aguardo ansiosamente as semifinais entre França e Argentina, e Brasil vs. Inglaterra. Promete, promete... e quaisquer que sejam os resultados, jogão na final: opção com menos faísca é a reprise de Brasil e França.

Outros que detestam palpitar são os técnicos. Mas como ninguém é de ferro, basta soltar a frase "esta será a copa do(a)..." no meio do salão, pra se ouvir de tudo: do equilíbrio, do craque, do ataque, da defesa, da estratégia, do improviso, da razão pura, da escola inglesa, até mesmo da desintoxicação...

Só não escutareis o correto: que será a copa das dancinhas. Peter Crouch já faz das suas, e vocês não perdem por esperar. Lamentamos a não convocação de Viola -- instrumento musical, pé de coelho e terceira pessoa --, mas temos Ronaldinho. E Robinho vem aí, o bicho vai pegar.

sábado, junho 03, 2006

Voa, Canarinho, Voa


Ronaldo preparado para a Copa. "Na próxima eu vou de Tenor", avisa.

Toda Guerra é Baseada Na Dissimulação

Citar Sun Tzu é o que distingue idiotas amadores de profissionais.

Sei que o escrete não tem muitas variações, mas não serei hiena: as outras seleções não têm nem time. E a prova de que estamos bem é simples: hienas profissionais tentam, a todo custo, inventar crises no escrete... vão a extremos em sua mesquinharia, e só fazem passar ridículo.

Estamos bem, ou por outra: estamos nos conformes. Os problemas são todos pequenos e esperados, nada que vá impedir o título.

Nosso único problema, na verdade, é a obsessão do título, e não do bom futebol. Falta-nos, desde 82, vontade de potência: vontade de formar a melhor esquadra da história.

É o fracasso premeditado, em que a mera idéia de "espetáculo" já se tornou um tabu, o pior dos defeitos... Mas se contra isso agora não adianta lutar, que ao menos venha o título. Com um pouco de sorte, e se não trocarmos de cueca nos próximos 40 dias, virá.

sexta-feira, junho 02, 2006

José -10

Ponha um craque contra um perna-de-pau: vencerá o craque.

Ponha mais três ou quatro cinturas-duras pra cada lado: o craque segue vencendo.

Ponha mais dez ou quinze: aí começa a complicar.

O craque sempre ganha sozinho. Só perde coletivamente.

quinta-feira, junho 01, 2006

Consternação Geral Pelo Corte de Edmílson