Que Bonito Era
Cafu, todavia, que não era nem nascido em 98, insiste em diminuir a ocasião... Ora, se a partida que pode aposentar nosso velho algoz, com os protagonistas da época e os pretendentes à coroa de hoje, numa reta final de Copa do Mundo, não for vingança, o que vai ser então?
Mas explica-se: o capitão quer diminuir o impacto de uma possível derrota. Mas quem diminui as derrotas, além de não as tomar por lição, diminui também as vitórias. 4 a 1 é o que desejo.
E show de Ronaldinho. Até porque se ele passar a jogar futebol o hexa é quase certo -- ninguem está jogando nada. Porém há uma outra razão: no passado a Copa teve algumas injustiças, nem sempre o melhor levou o caneco. Mas os grandes craques (Leônidas, Puskas, Cruijff, Zico) sempre se destacaram, reservando seu espaço na eternidade...
Mas não nesta copa. Até aqui, os craques não jogaram. E se do duelo entre Henry e Ronaldinho não virar nada, deitemos uma pá de cal sobre a Copa.
Injusta sempre foi. E cada vez mais burocrática, de nível técnico mais raso, incapaz de mostrar o futebol como é que é. Vai se tornar inútil até para determinar novos valores, provar quem seja craque ou não? Aí pode jogar a toalha.
Acabar a Copa não acaba, mas deixa de ser a Supercopa, de ser O palco. Frente a uma Champions League, torna-se secundária. Sábado é o Dia D da Copa, haja ou não futebol. Ou será que os craques de Arsenal e Barcelona eram tudirruim e ninguém sabia?