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quinta-feira, junho 08, 2006

De Volta Para o Passado

A Surpresa da Copa seria algum time jogar bem. Já sobre as festividades não guardo esperança alguma: é o tipo de coisa que faz até o Misha chorar -- e olha que a dele nem foi tão ruim.

"Quem vive de passado é Ronaldo" (Misha, urso e chaveirinho)

Ah, o passado. Período em que o principal assunto sobre a cobertura da imprensa não eram as diferenças na cobertura da imprensa... quando ao mudar de patrocinador, o Pelé simplesmente passava uma demão de tinta na chuteira... e o treinador não conseguia, ao mesmo tempo, borrar-se de medo das bolas paradas e não escalar o melhor cobrador de faltas do mundo. Sim, no passado até nossa tristeza era mais bela...

O GP da Holanda de 73, quem viu certamente se recorda de Roger Williamson desmaiado após ignorar uma curva, de quando seu carro começou a embrasar lentamente. E apenas um outro piloto parou para ajudá-lo. Em vão? Não conseguiu libertar o amigo, a fumaça aumentava, e os bombeiros não chegavam. Não chegavam porque, de uma torre longínqua, o diretor da prova avistara um piloto caminhando normalmente, e concluíra que o acidentado já saíra do carro...

Só o amor destrói, é o que digo, e por isso que mais emocionante que a violência de outrora, só o amor... Nada é mais amor que Jesus Cristo, e portanto não espanta que os anos dourados do nepotismo coincidam com os dos grandes Papas. Nepot, todos sabem, significa sobrinho; e os papa-tudos de outrora, que viviam arrando sobrinhos aqui e ali, depois tinham de arranjar também uma ocupação pra gurizada.

Nepotismo de verdade, hoje, só na Iugoslávia. Traumatizado por inúmeras separações, o ex-país sabe que precisa apelar às tradições para não ser reduzido a um grupo de vilas. E por isso apela à célula-mater da sociedade: a família. Ou foi o que fizeram os treinadores da Croácia e da ex-Sérvia & Montenegro. Não demora, o pessoal vai sair na porrada.


Cristianismo, Amor e Família