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quinta-feira, março 30, 2006

With pasta... and pesto... they promised to eat... lasagna!

Não basta ser o maior torneio de clubes do mundo, tem que esculachar.

A Liga dos campeões é melhor mesmo aceitando quartos colocados. Com suas fases desimportantes em dois turnos, mas as decisivas em mata-matas inteligentíssimos -- daqueles em que vale gol fora de casa... e após toda a maratona, a final numa partida só. Huma só! Em campo neutro predeterminado, rotineiramente no país de um dos finalistas...

Ê, limonada. Mas se alguém duvida que a liga dos campeões seja realmente boa, a prova definitiva veio em Lyon vs. Milan. Finalmente, após sono de 500 anos, um jogo conseguiu despertar um de nossos técnicos de seu sarcófago, para levá-lo ao estádio. Zagallo, múmia fofucha e coordenador técnico, foi humilhantemente flagrado pelas câmeras da UEFA.

E saiu satisfeitíssimo com o zero a zero: "É o futuro, esse é o verdadeiro futebol! Isso sim que é jogar pro time: Pelé e Maradona que nada!" Lágrimas escorriam por sua face. "Ai de Juninho e Kaká se fizerem o gol da vitória na volta, ou derem passe: estão fora! Esse Juninho já está, aliás, que nós queremos um especialista na marcação. Até de gols: e é por isso que Dadá foi muito maior que o Pelé!"

As cenas patéticas de Gagallo foram cortadas, todavia, em benefício da transmissão do primeiro vôo espacial de ursos em miniatura -- ganhou do brasileiro por pelo menos uns 30 ou 40 centímetros --; ficamos apenas com esta:


tevê francesa antecipa o primeiro de abril

segunda-feira, março 27, 2006

Fórum Mundial de Educação de Nova Iguaçu

Deve ser como aquele título mundial do Palmeiras em 51. Ou o do Fluminense em 52...

Incentivo à educação de verdade foi em 2003, quando os heróis dos gramados fizeram campanha na tevê sobre a importância da leitura, sem a qual sem dúvida hoje eles não seriam nada.

Mas mal passam dois anos, e percebemos que os melhores blogs de jogadores não irão à Alemanha. Destino oposto ao de alguns que irão bombar na copa...

Tudo bem: faça o que eu digo, mas não faça o que eu faço. O importante é que aos poucos o pessoal da arquibancada vai pegando o jeito:


quinta-feira, março 23, 2006

Placar Perigoso

"Dois a zero, placar perigoso", o maior lugar-comum de nossa transmissão desportiva.

Mas será? Qual a proporção, nas últimas copas, de vitórias e derrotas de uma seleção que ponha dois a zero de frente? Taí uma pergunta que não vale a pena formular. Porque, na verdade, tem de ser outra: há quanto tempo uma seleção que põe dois a zero de frente não perde?

Resposta: cento e cinqüenta jogos. Isso aí, nas últimas 151 partidas, a virada só ocorreu uma vez. E foi há 36 anos, na copa de 70. Mais: foi na prorrogação. A Inglaterra terminou o primeiro tempo na frente, aos 4 do segundo tempo ampliou, e aí veio a temível maldição do placar perigoso: Beckenbauer diminuiu aos 23, Uwe Seeler aos 31 empatou; e, no segundo tempo da prorrogação, Gerd Müller virou o jogo. E o resto é história.

Ou estória. Porque 144 vitórias e 6 empates mais tarde, acho que ninguém teme muito a vantagem de 2 a 0. Ou pelo menos há coisas piores com que se preocupar.

terça-feira, março 21, 2006

Números

Dizem que só Garrincha e Maradona conquistaram copas sozinhos. De cara eu acrescentaria à lista Romário, que de todos os gols do Brasil em 94, só não participou do segundo contra Camarões, de Márcio Santos. Porém é de outro nome que devo tratar...

No Chile, em seis jogos, Garrincha fez quatro gols e deu o passe para mais três. Na Espanha, em apenas cinco partidas, Zico marcou o mesmo número, e deu passe para um a mais.

Em 86, Maradona consagrou-se com cinco gols (um sobrenatural) e cinco assistências. Em sete jogos, fantástico. Porém inferior em média ao Galo de 82.

Os números revelam apenas parcela da verdade, direis. E confirmo, é o que penso sobre os três a dois do Sarriá. Zico deu a nossa seleção um título; e o problema é dela se não quis aceitar.

Zico, o primeiro tetracampeão.

segunda-feira, março 20, 2006

O Sol Morre Para Todos

(i) Sem serviço. Guga desiste de mais torneios. Mas ele ainda acredita que poderá voltar a "jogar tênis em alto nível". Só se for no Chile ou na Bolívia.

(ii) Timing. Mal começou a Fórmula 1, e já verificamos os invariantes de sempre: a necessidade da FIA em alterar o regulamento (não sei por que não elegem logo o Farah), e Rubens Barrichello se desdobrando para ser o palhaço do circo. No GP da Malásia, sua atuação foi sublime: passeou feito um turista por metade da prova, só lhe faltava a câmera. No único momento em que não podia correr, na entrada dos boxes, enfiou o pé no acelerador pra ser penalizado. É o mais maior.

(iii) De menor. No campeonato carioca, quatro times menores disputam quem morrerá na praia de Botafogo. No Paulista, o grande clube de elenco mais limitado lidera. Em Minas, Ipatinga aguarda pelo seu adversário. Só no Sul as tradições estão mantidas. Mas vejo nisso desígnios malignos de nosso Senhor.

(iv) Quaresma. No espanhol, Ronalducho segue em seu jejum de gols, quando a única que devia comer é a bola. Ainda assim, o ponta-de-lança nato foi o melhor em campo ontem -- perseguido de perto por Cicinho, mas este é nulo na marcação.

(v) For your eyes will only tell the truth. Esta seleção da Inglaterra, vê-se, é mesmo a melhor de todos os tempos. Porém dita a ironia do destino que caia na primeira fase. E se não cair logo, perde para Argentina ou Brasil, benzendo assim o campeão. A história é muito irônica. Quem tem olhos, veja. Quem tem boca, termine de comer isso aí, e vamos cantar a música-tema do gato mestre...

sábado, março 18, 2006

E Deus Criou o gol roubado

Gol é bom, mas o gol roubado é divino.

Existem gols feios, existem gols bonitos, mas o gol roubado é perfeito, irretocável, sempre bem-vindo: só poderia ser obra do homem lá de cima.

Gols espíritas, então, nem se fala. São os mais roubados de todos. Não se limitam à esfera humana, subvertem também as leis naturais.

Gol roubado: o grande momento do futebol.


Deus encarnado: justiça com as próprias mãos

quarta-feira, março 15, 2006

Falso Brilhante (i)

Pensava sobre as maiores enganações do futebol brasileiro, e creio que Rivelino e Sócrates sejam candidatos fortíssimos. Extremamente overrated.

Algumas coisas não são óbvias na época -- vide a eleição de Alexandre VI, ou a esperança em Denílson pra copa de 98 --, mas logo se tornam muito claras. E a meu ver, por exemplo, simplesmente pensar em escalar o Rivelino em 78 já foi uma temeridade. Além de não ser grande coisa -- salvo a pança e a orelha --, estava em fim de carreira**, jogando na Arábia; mas o Coutinho vem e lhe homenageia com a camisa 10. Achando que, quando precisasse, o elefante branco teria seu último suspiro de glória...

(*) inventou o drible do elástico só pra poder andar menos em campo
(**) de pouquíssimos títulos; além de campeão do mundo, só dois estaduais pelo Fluminense*** e umas tranqueiras de terceira linha. Por conta desses estaduais, diga-se de passagem, os tricolores exaltados começaram a chamar seu time de "máquina". A tal máquina, em âmbito nacional, conseguiu apenas uma semifinal de brasileiro, que perdeu pro Corinthians -- time que só veio a ganhar títulos após a saída do canhoto bigodudo.
(***) o de 75, com três finalistas, foi conquistado no saldo de gols (cada time com uma vitória). No de 76, um quadrangular final, empatou com o Vasco (3v, 1e, 2d cada) e teve jogo-desempate. Super Máquina essa. Estraçalhadora realmente. Quantos títulos! E de que forma tão convincente!

Quanto ao Sócrates, tinha o calcanhar e o carisma, mas nunca vi prova de que fosse um craque. Seus títulos foram quatro. Três estaduais pelo Corinthians (que estava na fila, e portanto isso dá um bruta destaque), e um pelo Flamengo em 86 -- em que era coadjuvantíssimo.

Para mim, e qualquer pessoa inteligente, Marcelinho Carioca foi muito maior que ambos. Tricampeão brasileiro, campeão mundial interclubes, um monte de estaduais -- copa do brasil, nem vou contar. Fazia gols pra caramba, concedia ainda mais assistências, e cobrava faltas como ninguém; cansou de carregar o time nas costas. Mas aí o pessoal não ia com a sua cara, não convocava pra seleção, tralalá. Reconhecimento zero. Ou tendendo a zero.

Mas em 94 teria jogado mais que Raí e Mazinho.
Em 98, que Giovani. Ou Juninho Paulista. Ou Leonardo, ou Émerson.
E em 74, 78, 82 e 86, também teria lugar. Se o Riva [43 gols em 121 jogos, média=0,35] e o doutor [25 gols em 63 jogos, média=0,39] foram, por que ele não?

Marcelinho só jogou três vezes pela seleção -- uma partida e duas metades. E fez dois gols. Mas também não era nenhuma brastemp.

Já o Rivaldo é outra história...

domingo, março 12, 2006

"Vou Calar a boca de muita gente na copa"

A declaração é de Ronaldo.

Procurasse fechar a própria boca, já ajudava.

Fiquem com o verdadeiro fenômeno.

terça-feira, março 07, 2006

A coisa-em-si


O Futebol Sou Eu

quinta-feira, março 02, 2006

Antes Fosse Um Macaco

Macacos são animais sábios e simpáticos, que andam de monociclo e segundo a biologia se demonstram muito mais desenvolvidos que o ser humano, esta vítima trágica da neotonia. Mas Eto'o não é macaco: é camarão. Bicho que só tem merda na cabeça.

Não faz semana, chorava-se discriminado por não ser brasileiro. "Se eu me chamasse Etoodinho, me elegeriam o melhor do mundo", balbuciou o achocolatado menos querido da Espanha. Ai, creuza. Tadinho.