ADRIANOEis o Imperador! Soberbo e soberano, pegou a bola e partiu para a marca da cal. De longe já se ouviam os berros (muito mais do que gritos; quase uivos) maldizendo a escolha (ou a imposição) para que o bonde da Gávea mandasse o pertardo penal para o fundo das redes.
Diante das apáticas apresentações, das seguidas lesões, dos inúmeros escândalos e visitas ao Hortifrut®, Adriano caiu em desgraça.
Após a conversão do penal - que colocou o Flamengo em vantagem - o Imperador tornou-se novamente o ídolo da torcida, venerado como Nero ao acender um cigarro. ô, povinho banguela volúvel!
Problemas outros enfrenta Adriano. Dentro do clube a pressão é tanta que o sujeito nem comemorar gol consegue. Nos coletivos, enquanto Bruno espanca a mulher, Adriano é encarregado de marcar o Alam.
Rogério Lourenço, que no campo jogava tranqüilo, tem de manter o foco do Imperador e afastar do artilheiro os urubus da diretoria, para que, ao fim, não se ouça: '
tu quoque, Patrícia Amorim?'
* * *MENINOS DA VILAPreocupado com o deslumbramento dos Meninos da Vila, Dorival (ao centro) conversa em particular com Neymar e Ganso. Ambos, cotados para a seleção pelo clamor cívico-popular, têm andado com o ego nas alturas.
Jovens moços, com a tenra idade da punheta exacerbada, já estão com moral no mundo business, tendo a oportunidade de chicotear algumas cachorras no decorrer do período. Assim como Coronel de cidade do interior, os jogadores do Santos fazem questão de humilhar o Brasil perante o mundo ao lembrar, em todos os telejornais planetários, que aqui surgiu o '
Rebolation-tion-tion'. Com aquelas dancinhas desmoralizantes nas comemorações (pra quem executa e não quem sofre o gol) fica difícil elogiar o desempenho do alvinegro praiano num todo.
Neymar, em seu acrobático mergulho, fraturou o olho e deverá pedir os óculos do Davids para enfrentar o Sto André. Diante de tanta cobrança e o rótulo de campeão do mundo antecipado (não consegui sua figurinha no álbum), Neymar nada apresentou de útil e produtivo para futebol no último domingo.
Reflexo da palhaçada generalizada que os jornalista insistem em chamar de futebol bonito, o Peixe perdeu na Copa do Brasil. Tardelli deu um '
pedala, Robinho!'