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quinta-feira, março 04, 2004

ENQUANTO ISSO, NA LIGA DA JUSTIÇA

Em Goiás, um jogo foi anulado em razão de um erro do árbitro -- que anulara um gol alegando falta (inexistente) do atacante. Rapidamente, comentaristas, especialmente ex-árbitros*, foram aos meios descomunicação expressar o absurdo da decisão.

(*) o folclórico José Roberto Wrong entre eles, claro

Absurdo são os erros que vemos diariamente. Se a justiça* não meter sua mostarda na mistura, a história prova que teremos de aceitar tais absurdos eternamente.

(*) se bem que, do jeito que a justiça brasileira é, talvez seja melhor continuar cega e omissa

Que não se espere a anulação de um jogo devido a uma cobrança de lateral equivocada, mas e quanto à semifinal do caixão 2002? E o meu direito de humilhar os torcedores do Fluminense, que não ganham um título desde 1995, e olhe lá? É uma questão de direito.

Ah, mas aí nenhum jogo acaba! Vão sempre contestar!

Ai, meu são Zico.

A idéia é justamente de que se comece a arbitrar direito, usar os recursos tecnológicos disponíveis. Qualquer Zé Banguela percebe que há algo de errado em dar tanto poder, e tão poucos recursos, ao apitador. Não existe razão plausível para o regra três não ter um monitor por exemplo.

Melhorem os recursos para a arbitragem, o número de árbitros, sua qualificação e homogeneidade, e os erros diminuirão: poucos jogos importantes terão erros inadmissíveis, que levem à sua anulação. E se tiver que anular, anulem, e devolvam o dinheiro a quem for de direito. Como já dizia o psicoterapeuta, extorquindo seus pacientes, na hora que começa a pesar no bolso, rapidamente as coisas se resolvem.