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segunda-feira, maio 22, 2006

Regra Três: figurinha carimbada e ridícula

Até na hora de sentar pancada, Pelé era gênio. Que o diga por exemplo Matosas, uruguaio que ficará para sempre na memória do futebol (e por que não confessar: em nossos corações) pela belíssima cotovelada que levou do Rei. Que visão de jogo. E tudo isso em technicolor.

Como ocorre, porém, a todo lance de Pelé, os peladeiros de plantão resolveram imitar. Sem a graça, a maestria, a plasticidade do Gênio. É mais por isso, ouso dizer, e menos pela violência, que deveriam ser expulsos. Primeira lição na escolinha de futebol: você não é o Pelé; baixa a bola.

Faço toda essa volta, porém, para falar do quarto árbitro. Que este domingo, a três ou quatro centímetros da cotovelada de um jogador do Fluminense, claríssima, recusou-se terminantemente a avisar o árbitro. Assistente até o fim.

E é provável que leve gancho de algumas partidas; mas acho que falta aí sensibilidade por parte das otoridades. Porque das duas uma: ou ele é cego, e portanto nada mais lúcido que emancipá-lo à condição de titular; ou é a pessoa mais subserviente do mundo, que conhece sua posição na economia da vida (levantar uma placa, ser xingado e colher assinaturas), e nesse caso deveria sair do gramado direto pra diretoria da CBF.

Ou começar a ministrar palestras. Pois já que juiz e bandeirinhas são hoje especialistas, esse daí só pode ser o maior quarto árbitro do mundo. Ou vai ver é médico com doutorado em ética profissional.

Só não sugiro estátua, porque vai contra a discrição do cargo.