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quarta-feira, setembro 07, 2005

Seleções

Sofri vários presságios de morte este final de semana; geralmente cousas envolvendo a camisa do Paysandu ou do Atlético Mineiro. Aterrorizado, resolvi aprender a pintar, terminar minha coleção de selos, viajar pra Europa e montar uma seleção brasileira imbatível. Não tendo dinheiro nem pra tinta guache ou cartão-postal, porém, estou me concentrando na última empresa. E com ajuda inestimável de vários amigos e artistas de rua, pude montar um esboço:

Goleiro: Clemer
Defesa: César Prates, Júnior Baiano, Gamarra, Júnior
Meio-Campo: Vampeta, Juninho Paulista, Giovanni
Ataque: Alex Dias, Robgol e Romário.

Sim, sim, Gamarra não é brasileiro, mas já é de casa, e trata-se apenas de um rascunho. Ramon Madruga pode reforçar o meio-campo. Marcelinho Carioca e Edmundo, sei não. Nossa arma secreta será o eterno Basílio; e o técnico, Evaristo Macedo. Versão brasileira: Herbert Richard.

Mas, sério, eu tenho uma seleção brasileira imbatível: Dida; Cafu, Lúcio, Juan, Roque Jr e Gilberto; Gilberto Silva, Émerson, Renato e Kaká; Adriano. Não bate em ninguém.

Mas eu tenho uma seleção imbatível mesmo. E por uma razão simples: como nunca prestei muita atenção a declarações de técnicos, jamais comprei a história de equilíbrio. Pelo contrário, desde pequeno aprendi que deveríamos favorecer nossos pontos fortes.

E, numa seleção, isso se traduz em armar um esquema para alocar seu jogadores excepcionais, quais sejam: Juninho, Kaká, Ronaldinho, Robinho, Ronaldo e Adriano.

O esquema é o 3-4-3, que além de permitir que os seis joguem, ainda afasta os laterais veteranos e perebas. Dizem também que é um sistema de jogo bastante equilibrado, mas estou pouco me fodendo pra isso -- como se pudesse a seleção ser equilibrada...

O goleiro e a zaga ficam a cargo do leitor; o meio-campo, eu completaria com alguém como o Renato, que marca tão bem quanto o Émerson, mas sabe jogar meia-hora de bola.