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sexta-feira, abril 28, 2006

Clássico é Clássico

E vice-versa, emendaria o gênio.

Mas você que não se faça de esperto, pois a frase está na boca do Brasil. E nada mais vulgar que o pensamento de que "não há favorito em clássico, as chances de vitória se equivalem, tudo pode acontecer".

Ora vamos e venhamos: em qualquer jogo, tudo pode acontecer. Só não é muito provável. E num confronto entre duas equipes grandes, a chance de vitória da pior equipe dificilmente será desprezível. Mas isso não quer dizer que não haja favorito em clássico. Ou então os resultados seriam igualmente distribuídos.

Exemplifico. O Fluminense, em seus anos de fiscal de sala de cinema. De 1996, quando caiu pela primeira vez, até 2000, quando subira da terceira -- e o clube do 13 resolveu fazer um upgrade. Quantos clássicos disputou o Fluminense neste período?

Resposta: 54. 11 vitórias, 15 empates, 28 derrotas. Mais derrotas, portanto, que empates e vitórias juntos.

Há ilustração mais clara de que clássico possa ter favorito?

Vou além: longe de aleatório, o resultado dos clássicos é um dos melhores parâmetros da força de um time. Dizer que não haja favorito é negar sua essência, sua importância. Num jogo, neste futebol, uma zebra pode acontecer. Mas geralmente há favorito; e basta observar os clássicos recentes para se descobrir qual.