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quinta-feira, setembro 23, 2004

Nunca tantos se completaram tanto com tão pouco

Segundo um amigo meu, de acordo com os padrões dos concursos de miss, as vencedoras do prêmio Nobel deveriam ser as cientistas mais gostosas.

Vejo na paraolimpíada o mesmo tipo de abominação. Juro que tentei acompanhar, mas não dá. Só um imbecil não percebe uma contradição essencial em tênis para gugas ou futebol pra pernetas. É um troço que não faz sentido, é como usar as mãos para estancar um rio, é como jogar amarelinha sem poder pular.

De qualquer modo, recebo milhões de dólares para comentar esportes semanalmente, e como espero algum dia me aposentar que nem o Pelé, então digo que o teorema da incompletude de Gödel explica, e destaco dois asteriscos:

* Se os atletas paraolímpicos brasileiros não têm nenhum incentivo e saem-se melhor que os oficiais, que têm patrocínio público e privado, por que estes tanto choram?

* O mundo livre venceu a China nas Olimpíadas. Com pelo menos três medalhas de ouro piratas (ginástica, ciclismo e nado de costas), mas venceu. Mas, apesar de todos os mutilados de guerra, que vexame nos paraolímpicos. Enquanto os chinos já têm 75 medalhas (27 áureas), os Euá contam apenas 37, menos que a metade, e só 9 de ouro (até o Brasil já tem oito).

Aproveito o fim desse post para tecer loas a Putin, líder infalível da mãe-Rússia, que aos poucos reintroduzindo (ocm firmeza) o comunismo naquelas plagas. Atenas nunca mais, longa vida à foice, ao martelo e ao vermelhinho da tua bandeira*.

(*) Aliás, perguntaram ao Schumacher esta semana, do primeiro GP da China, se ele sempre corre num carro vermelho porque é sua cor da sorte. Seria mais engraçado se perguntassem ao Rubinho.