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quinta-feira, janeiro 29, 2009

"Se tivesse que abandonar meu diletantismo, me especializaria no uivo" (Emil Cioran)

Dear Dirty Dublin,

Melhor que o Fluminense, somente o gramado do Maracanã.

"Nunca vi nada igual" (Joseph Blatter)

O relvado de nosso maior estádio enche-me de idéias. Mas é preciso pensar antes de proferi-las. Este é um dos problemas dos jornais e das vizinhas gordas, sempre dispostos a berrar por qualquer coisa -- sobretudo as importantes.

"Só os espíritos superficiais abordam as idéias com delicadeza" (Cioran)

Frase que não tenho a menor idéia do que significa.

Mas já é a terceira (quarta) vez que escrevo "idéia". E não porque tenha várias, mas em razão do gramado do Maracanã, aquela aberração.

Eu não merecia ver aquilo, meus amigos, sinceramente. Já não bastam as aberrações visuais da nova ortografia -- ou aquele vídeo de Flamengo e Atlético?

Terrível ortografia, eu dizia. E que acabarei por aprender na marra, pois é cada coisa que se lê; impossível não ficar chocado.

"Nada como a universidade da vida", disse alguém.

"O problema é que pra receber o diploma você tem de morrer", retorquiu o porteiro.

Sobre minha relutância em estudar a cartilha, lembro outra frase de Cioran: "I hate wise men because they are lazy, cowardly, and prudent." Ao que posso responder apenas "We are sorry for the inconvenience".

Cioran era péssimo fiófoso, mas ele tinha seus momentos como frasista, lá isso eu concordo. E uma pinta de vampiro supimpa... Mas fujo ao ponto: futebol.

Este ano, comemora-se o título mundial de Basquete de 1959. Sei que vão babar o ovo e lamber o cu de nossos heróis até não mais poder. Mas confesso que não acho grandes coisas.

Os Estados Unidos com um time B, e a União Soviética, que nos derrotara, retirando-se do torneio por razões políticas -- não queria jogar contra a China e etc. Qual o valor de um título assim conquistado?

Bom, deve ser o mesmo valor de qualquer outro.

Monarquia é isso aí.

Pfui.

cardeal@fantasma.gov.va
"Não é elegante abusar da má sorte: alguns indivíduos, como certos povos, se comprazem tanto nela que desonram a tragédia." (Biriba)