Não, obrigado
Em 1935, e.e. cummings torrou o dinheiro da mãe na publicação de um livro de poesias intitulado "No, thanks", que dedicou às quatorze editoras que o rejeitaram.
O livro, claro, é uma merda; daqueles inovícios que já estão velhos antes até de você escrivinhar. Mas o título é bom, e por isso mesmo não perco uma só chance de repeti-lo aos pedintes e baleiros sempre que estou no bar.
Infelizmente, porém, nossos dirigentes desportivos e craques são pessoas requintadas, que só vão a restaurante com mesa reservada e motorista, e perderam o hábito. O hábito tão simples de dizer esta frasezinha: "Não, obrigado".
E a qualquer jogador vagabundo que apresentem, nossos dirigente dizem sim. E a quaisquer trinta dinheiros mais que um time vagabundo apresente, nossos craques dizem sim.
Diz a imprensa que a culpa é dos empresários; que eles são monstros inumanos, e que devemos atirar no mensageiro - a raiz de todo mal. Talvez. Mas não, obrigado.
O livro, claro, é uma merda; daqueles inovícios que já estão velhos antes até de você escrivinhar. Mas o título é bom, e por isso mesmo não perco uma só chance de repeti-lo aos pedintes e baleiros sempre que estou no bar.
Infelizmente, porém, nossos dirigentes desportivos e craques são pessoas requintadas, que só vão a restaurante com mesa reservada e motorista, e perderam o hábito. O hábito tão simples de dizer esta frasezinha: "Não, obrigado".
E a qualquer jogador vagabundo que apresentem, nossos dirigente dizem sim. E a quaisquer trinta dinheiros mais que um time vagabundo apresente, nossos craques dizem sim.
Diz a imprensa que a culpa é dos empresários; que eles são monstros inumanos, e que devemos atirar no mensageiro - a raiz de todo mal. Talvez. Mas não, obrigado.
<< Home