O Roque é o Primeiro Passo para uma Vida Organizada
Na Copa do Mundo de Xadrez, contrariando minhas expectativas, vários dos jogadores por quem torço feito macaca de auditório chegaram à semifinal. Apenas o instável Ivanchuk me deixou na mão - quem chega a uma das semifinais é seu compatriota Karjakin, com sua cara de autista retardado.
O jovem enxadrista enfrentará o veterano Shirov, internacionalmente consagrado por conquistar a vaga para enfrentar Kasparov em 1998. Mas como nunca vencera o campeão até então (algo como 9 derrotas e 9 empates), ninguém quis patrocinar o evento, ele insistiu na bolsa milionária, e ficou pra titia. Não só assim é a vida, como nos outros 20 jogos que ainda fez contra o velho Kaspa, a estatística não melhorou, não...
Na outra semifinal, mais um veterano, Gata Kamsky, que deixou o xadrez há uma década para estudar medicina, e evitar que seu pai, totalmente destemperado, matasse algum dos adversários às pauladas. Seu repertório de aberturas anda meio anacrônico, porém a classe é a mesma. Enfrenta o ex-moleque Magnus Carlsen, que recebeu bolinho de 17 anos durante o campeonato, e dentro de um ano deixará de ser prodígio -- então é bom começar a ganhar.
Shirov deve passar fácil por Karjakin, de longe o menos inventivo dos semifinalistas. De Kasmky e Carlsen podemos esperar grandes coisas - como já foi Kamsky vs. Ponomariov --, e novo sucesso do Veteranix.
Os gênios do xadrez, como no Fluminense, hoje aparecem cada vez mais rápido, e cada vez mais demoram pra vingar. Se é que vingam... dizem que vem toró no final de semana.
Bobby Fischer, procurando por alguma coisa
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