A Travessia dos Fortes
Sagrei-me campeão brasileiro de Xadrez este final de semana, categoria 1: até sete anos.
Não foi fácil. Depois de ser derrotado na partida inicial por mate-pastor, passei a afugentar meus adversários disseminando boatos de catapora -- e cheguei mesmo a pintar algumas pústulas em momentos decisivos.
Infelizmente, o que não falta são pais desnaturados, que primam não por se ocupar da saúde dos filhos, mas de resultados. Razão por quê tive de empregar táticas menos ortodoxas nos matchs finais.
A semifinal, ganhei por meio da Abertura Ruy Lopez: 1.e4 e5, 2.Cf3 Cc6, 3.Bb5 / lustrar o tabuleiro pra refletir o sol na retina do adversário. Foi um sucesso.
Mas na final o molequinho chegou de óculos escuros, e tive de partir pra Variante Kramnik / Michael Corleone: dissimular um revertério para ir ao toalete checar o ponto eletrônico. Venci com sobras.
Ano que vem a briga vai ser feia, mas já estou preparado: contratei o Zé Dirceu e o serviço de inteligência do PT para me ajudarem. Se não funcionar, em 2008 mudo para o chessboxing.
Não foi fácil. Depois de ser derrotado na partida inicial por mate-pastor, passei a afugentar meus adversários disseminando boatos de catapora -- e cheguei mesmo a pintar algumas pústulas em momentos decisivos.
Infelizmente, o que não falta são pais desnaturados, que primam não por se ocupar da saúde dos filhos, mas de resultados. Razão por quê tive de empregar táticas menos ortodoxas nos matchs finais.
A semifinal, ganhei por meio da Abertura Ruy Lopez: 1.e4 e5, 2.Cf3 Cc6, 3.Bb5 / lustrar o tabuleiro pra refletir o sol na retina do adversário. Foi um sucesso.
Mas na final o molequinho chegou de óculos escuros, e tive de partir pra Variante Kramnik / Michael Corleone: dissimular um revertério para ir ao toalete checar o ponto eletrônico. Venci com sobras.
Ano que vem a briga vai ser feia, mas já estou preparado: contratei o Zé Dirceu e o serviço de inteligência do PT para me ajudarem. Se não funcionar, em 2008 mudo para o chessboxing.
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